Hoje me lembrei de minhas brincadeiras de infância com o João Felipe e tive a certeza que dentro de alguma das minhas caixinhas de lembranças se escondia um dos episódios da Série (que nos dois inventamos) “Os anéis dos Batedores Secretos”. Não me perguntem o porquê desse nome, tudo pura criatividade infantil!
Brincávamos na piscina de casa e resolvemos passar para o papel uma de nossas aventuras. Reproduzirei abaixo, na integra, com erros de português e viagens alucinantes de criança, a primeira grande besteira que escrevi na vida!
Valença, 06 de abril de 1993.
Anéis dos batedores secretos.
Esquema Coringa.
João Felipe e Vivianne foram a mais um grande combate. Se despediram dos pais e foram a casa da Tia China. Ela falou para eles, que o Dragão 2 queria o seus anéis dos batedores secretos. E eles foram.
E lá lembraram que tinhão dados o desquete que tinham todas as pessoas do esquema Coringa para uma baleia chamada Xisca.
Então Vivianne falou:
- Então vamos lá!
E João Felipe respondeu:
- Está bem!
Então eles foram procurar a baleia Xisca e ela falou:
- O Dragão 2 robou o desquete e levou para sua base.
Eles foram até la e pegaram o disquete errado quando estava saindo vários dragõeszinhos os atacaram eles, João Felipe e Vivianne juntaram os anéis e mataram os dragõezinhos.
Eles foram a sua base e ezaminaram o disquete mas ele pegaram um outro disquete.
João Felipe foi lá de novo e pegaram o disquete esaminaram e viram que era o que eles queriam.
Saindo de sua base o Dragão 2 jogou um grande fogo e João Felipe e Vivianne estavam perdendo a força.
João Felipe estava com o disquete na mão e a baleia Xisca deu uma rabada no disquete e ele quebrou matou todos os animais, eles continuavam perdendo a força.
Numa coisa muito milagrosa o disquete se juntou e a forsa deles voltaram. Com um pequeno desmaio quando acordaram viram que estava preso na base do Dragão 2.
João Felipe estava com o disquete na mão ele quebrou o disquete no meio o chão abril eles viram todos os caras que estava no esquema leão, deu uma ventania muito forte e todos os caras do esquema Coringa voltaram para embaixo da terra.
João Felipe estava quaze caindo também só estava segurando em Vivianne e ela falou:
- Não vá! Não vá!
Quando João Felipe caiu o chão fechou e ai ficou tudo bem!
Todos do esquema Coringa morreram!!!
Fim
Agradeço a minha mãe por ter me mantido na escola e a todas as minhas professoras de português pela minha evolução na escrita!
João e eu tínhamos a certeza que nossas aventuras fariam um grande sucesso, mas de certa forma fizeram. Toda vez que brincávamos dentro daquela piscina era um grande sucesso. Um era o super herói do outro!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Carta ao Papai Noel!
Querido Papai Noel!
Queria te fazer alguns humildes pedidos de Natal, mas para isso lhe darei argumentos que irão defender meu merecimento!
Esse ano fui uma boa menina!
Me dediquei ao trabalho, cheguei mais cedo, saí mais tarde! Teve dias que trabalhei até 21h, outros até 22h. Houve dias de eu ver o sol nascer no Leblon pelo vidro do estúdio.
Passei a ser mais organizada. Ta certo que não virei exemplo de nada ainda, mas limpei mais vezes minha casa, meu quarto passou a ser um lugar habitável.
Não perdi nada esse ano, a não ser o cabo do meu MP4, mas isso até a Isabel perdeu.
Não perdi nenhuma blusa oficial do Vasco, como fiz com a blusa do Tio Carlão há uns anos atrás.
Não perdi nenhuma bolsa, com todos meus documentos, cheque e cartão, em uma danceteria Brega & Night de Valença.
Perdi uma chave, mas foi por uma boa causa. Fui passear com o Zé com a chave na mão. Andávamos pela Feirinha de Ipanema quando Zé resolveu espiar dentro de um carrinho de bebê. Não percebi o acontecimento por estar entretida com as bolsas de uma barraca, quando me toquei do que acontecia já era tarde. A japinha de mais ou menos 1 ano de idade, tomou uma super lambida, que foi do queixo ao cabelo. Cabelo este que ficou grudado na cabeça, devido a enorme quantidade de baba do meu cachorro louco!
No momento que fui puxar a cabeça do Zé e me preparar para apanhar da mãe da criança, eu perdi minha chave! Menos mal, não apanhei, a mãe gostava de cães e a japinha também! Acho que eu preferia ter apanhado, a ter que ter desembolsado 70 reais para o chaveiro. Sendo que ele levou dois segundos para abrir a porta do meu apartamento. Pensei até em seguir a profissão de chaveira.
Esse ano também não quebrei nada!!! Nenhuma tampa vidro de mesa com 5 cm de espessura e mais de 1 metro de comprimento, nenhuma geladeira, nenhuma televisão!
Quase quebrei o ventilador de teto do meu quarto no primeiro dia na minha casa nova, mas foi quase. Não percebi que não poderia abrir uma das portas de cima do guarda-roupa com ventilador ligado. Quando abri escutei um enorme barulho, rapidamente eu fechei! O ventilador bambeou, mas não caiu, ufa!
Esse ano tentei falar menos, mas não sei se consegui. Pelo menos acho que pensei mais antes de falar, o que tem me gerado benefícios. Estou tentando controlar minha sinceridade, mesmo que me contorça por dentro.
Fui menos critica também, Anna Claudia poderia falar sobre isso com mais propriedade. Mas acho que tenho evoluído muito! Ta certo que há dias que não me controlo, mas no geral tenho me segurado.
Respeitei minha mãe. Há alguns ruídos nessa afirmação, mas nada de tão relevante, ela já me perdoou!
Fui legal com meus amigos, exceto com um que comecei uma amizade as nove da noite e ela se acabou às 4 da manhã. Meus amigos também foram legais comigo. Principalmente aqueles que me escutaram falar sobre o mesmo assunto milhões de vezes.
O ano de 2009 foi o trem fantasma pra mim. E sinceramente? Não tinha muitas perspectivas para 2010. Ledo engano, 2010 foi meu ano 1, de um recomeço mais que especial, com toda certeza o que de mais importante fiz esse ano foi amadurecer.
Este amadurecimento foi mais importante do que ajudar Joice, uma menina de 10 anos que se perdeu na praia, a encontrar sua tia.
Agora Papai Noel, depois de tantas coisas boas, quero pedir algumas outras:
Um aumento substancial de salário seria uma boa pedida, pra começo de conversa.
Depois, a volta do Zé pro Rio, que seria mais legal ainda se fosse acompanhado da Flora.
A vinda de Anna Claudia, Fernando e Cris não seria nada mal, talvez eu passe a beber um pouco mais com eles aqui, mas vou beber de qualquer forma, então melhor se eles estiverem por perto.
Fora isso, saúde e paz pra todas as pessoas que amo e pras que eu não amo também!
Mas se eu ainda tiver na idade de pedir um presente, desses que vem embrulhado na caixa:
Quero um patins!
Obrigada.
Feliz Natal!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Os Sóis da Minha Vida!
Dois momentos sublimes da natureza (pra mim): o nascer e o pôr-do-sol.
É fantástico observar os primeiros e os últimos raios solares de um dia. Me da energia, revigora. Todo nascer ou pôr-do-sol que paro para observar fica marcado pra sempre.
Lembro do Réveillon em Copacabana. Estávamos Isabel, Bruna, Anna Claudia e eu. Conhecemos uns garotos de BH que estavam com violão, sentamos na praia e ali ficamos até amanhecer, espantando até os pombos com nossos agudos desafinados.
Havia chovido. Uma manhã um pouco nublada, os raios do sol esforçavam-se para aparecer entre as nuvens, e por uma “ultra” coincidência, começamos a cantar Tempo Perdido (Legião Urbana), a estrofe que diz: Veja o sol. Dessa manhã tão cinza. A tempestade que chega..., foi de arrepiar! Todos compenetrados quando de repente, escutamos Anna Claudia gritar com uma euforia descomunal: “Eaí Brother!!!!”. Todos começaram a procurar quem era seu tão intimo brother que havia chegado e atrapalhado nosso sublime momento de reverência a Renato Russo e ao Sol.
Avistei um “maluquinho” com cabelos compridos que olhava para Anna Claudia com cara de interrogação (?). Mas sua euforia não cessava, e assim ela continuou: “Que você ta fazendo perdido aí brother???”
O maluquinho-brother manteve sua cara de interrogação e se aproximou para ver quem era a pessoa que estava tão feliz em te encontrar. E Anna Claudia disparou: “Pow de Valença, né?” Ela estava levantando para falar com seu mais novo melhor amigo, quando veio a decepcionante resposta: “Quem é você? Valença? Que você ta falando?”
E lá se foi o maluquinho não mais brother, sem dar a mínima atenção para minha amiga eufórica. Tenho certeza que se ela soubesse que uma simples confusão iriam te render tantos anos de deboche, sim estimulados pela minha pessoa, ela não teria atrapalhado nossa cantoria.
Um momento de pôr-do-sol que marcou, foi num lugar chamado Horto Florestal, mas especificamente em Reserva do Iguaçu. Um lugar lindo, o sol se põe beijando o rio Iguaçu.
Fiz um piquenique lá uma vez com Rafa e João. Da segunda vez assisti ao pôr-do-sol com meu saudoso amigo Khristian Ratier, que ainda deu um lindo fundo musical para aquela paisagem deslumbrante! É um lugar lindo, mas muito calmo. Mas é calmo até demais. Você anda pelas ruas e escuta só o barulho do vento. Vez ou outra passa um carro, ou então um andarilho que grita: TarrrdE!
Eu tenho problemas com lugares muito calmos, me dá nervoso, meio que um pânico! Acho que é sintoma da minha hiperatividade. Não consigo ficar muito tempo em bibliotecas, salas de espera ou então lojas de armarinho! Nossa! Essa última é realmente terrível! Lá paira uma tranqüilidade muito irritante, as pessoas cochicham sobre lã e aviamentos, ai para!
Voltemos ao Sol!
Vez ou outra ia com Zé até o arpoador para assistirmos ao pôr-do-sol. Não podia subir nas pedras, ele achava que iria mergulhar e não parava de me puxar. Então pegava um coco do chão, sentava em um banquinho e ele fica deitado, numa boa, desfiando todo o coco. Mas com o Zé, um pôr-do-sol no Arpoador nunca pode ser tranqüilo. Não por ele, porque depois que ele ganhava o coco tudo parecia mais calmo. O problema que Zé, modéstia a parte, é lindo demais. Então sempre aparecia alguém para perguntar sue nome, idade, raça e todas essas perguntas que a gente faz sobre um cão.
Eram duas mulheres com duas crianças, se aproximaram e taparam toda a vista para o pôr-do-sol:
Mulher: Qual o nome dele?
Eu: Zé
Mulher: hahaha, Zé! Que engraçado (reação de 10 entre 10 pessoas)Ele parece o cachorro da novela!
Eu: É mesmo, é a mesma raça.
Mulher: Ahhh! Já te falaram que você parece com a Mirela?
Eu: Que Mirela? (Será que é alguma Mirela da novela também?)
Mulher: A Mirela ué, namorada do Latino.
Eu: Fiquei só pensando se aquilo seria um elogio ou xingamento, e sorri.
Sempre que paro para assistir seja o nascer ou pôr-do-sol, tenho pessoas especiais ao meu lado. Deve ser por isso que gosto tanto e que os momentos se eternizam em mim!
Lembro do Réveillon em Copacabana. Estávamos Isabel, Bruna, Anna Claudia e eu. Conhecemos uns garotos de BH que estavam com violão, sentamos na praia e ali ficamos até amanhecer, espantando até os pombos com nossos agudos desafinados.
Havia chovido. Uma manhã um pouco nublada, os raios do sol esforçavam-se para aparecer entre as nuvens, e por uma “ultra” coincidência, começamos a cantar Tempo Perdido (Legião Urbana), a estrofe que diz: Veja o sol. Dessa manhã tão cinza. A tempestade que chega..., foi de arrepiar! Todos compenetrados quando de repente, escutamos Anna Claudia gritar com uma euforia descomunal: “Eaí Brother!!!!”. Todos começaram a procurar quem era seu tão intimo brother que havia chegado e atrapalhado nosso sublime momento de reverência a Renato Russo e ao Sol.
Avistei um “maluquinho” com cabelos compridos que olhava para Anna Claudia com cara de interrogação (?). Mas sua euforia não cessava, e assim ela continuou: “Que você ta fazendo perdido aí brother???”
O maluquinho-brother manteve sua cara de interrogação e se aproximou para ver quem era a pessoa que estava tão feliz em te encontrar. E Anna Claudia disparou: “Pow de Valença, né?” Ela estava levantando para falar com seu mais novo melhor amigo, quando veio a decepcionante resposta: “Quem é você? Valença? Que você ta falando?”
E lá se foi o maluquinho não mais brother, sem dar a mínima atenção para minha amiga eufórica. Tenho certeza que se ela soubesse que uma simples confusão iriam te render tantos anos de deboche, sim estimulados pela minha pessoa, ela não teria atrapalhado nossa cantoria.
Um momento de pôr-do-sol que marcou, foi num lugar chamado Horto Florestal, mas especificamente em Reserva do Iguaçu. Um lugar lindo, o sol se põe beijando o rio Iguaçu.
Fiz um piquenique lá uma vez com Rafa e João. Da segunda vez assisti ao pôr-do-sol com meu saudoso amigo Khristian Ratier, que ainda deu um lindo fundo musical para aquela paisagem deslumbrante! É um lugar lindo, mas muito calmo. Mas é calmo até demais. Você anda pelas ruas e escuta só o barulho do vento. Vez ou outra passa um carro, ou então um andarilho que grita: TarrrdE!
Eu tenho problemas com lugares muito calmos, me dá nervoso, meio que um pânico! Acho que é sintoma da minha hiperatividade. Não consigo ficar muito tempo em bibliotecas, salas de espera ou então lojas de armarinho! Nossa! Essa última é realmente terrível! Lá paira uma tranqüilidade muito irritante, as pessoas cochicham sobre lã e aviamentos, ai para!
Voltemos ao Sol!
Vez ou outra ia com Zé até o arpoador para assistirmos ao pôr-do-sol. Não podia subir nas pedras, ele achava que iria mergulhar e não parava de me puxar. Então pegava um coco do chão, sentava em um banquinho e ele fica deitado, numa boa, desfiando todo o coco. Mas com o Zé, um pôr-do-sol no Arpoador nunca pode ser tranqüilo. Não por ele, porque depois que ele ganhava o coco tudo parecia mais calmo. O problema que Zé, modéstia a parte, é lindo demais. Então sempre aparecia alguém para perguntar sue nome, idade, raça e todas essas perguntas que a gente faz sobre um cão.
Eram duas mulheres com duas crianças, se aproximaram e taparam toda a vista para o pôr-do-sol:
Mulher: Qual o nome dele?
Eu: Zé
Mulher: hahaha, Zé! Que engraçado (reação de 10 entre 10 pessoas)Ele parece o cachorro da novela!
Eu: É mesmo, é a mesma raça.
Mulher: Ahhh! Já te falaram que você parece com a Mirela?
Eu: Que Mirela? (Será que é alguma Mirela da novela também?)
Mulher: A Mirela ué, namorada do Latino.
Eu: Fiquei só pensando se aquilo seria um elogio ou xingamento, e sorri.
Sempre que paro para assistir seja o nascer ou pôr-do-sol, tenho pessoas especiais ao meu lado. Deve ser por isso que gosto tanto e que os momentos se eternizam em mim!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Os sobrinhos do Tio Patinhas!
Acabei de me lembrar de uma passagem de meu carnaval deste ano. Achei que seria interessante registrá-la aqui na minha coleção de besteiras.
Estava em Ipanema com um grupo de amigos, que acreditem, não há no mundo companhia melhor que a deles, principalmente quando se trata de festa.
Depois de muitas e muitas térmicas vazias, minha bexiga implorava por uma válvula de escape. Anna Claudia e eu fomos ao banheiro. Na volta, não me pergunte o porquê, fomos andar na areia da praia. No meio deste passeio, conheci 3 meninos, deviam ter uns 10, 11 anos no máximo. Moradores do bairro de Olaria estavam sozinhos em Ipanema. Pegaram um ônibus entrando sem pagar pela porta de trás e foram brincar na praia, em um de dia de calor do carnaval.
Vou chamá-los aqui de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Não! Na Verdade não se trata de sigilo de identidade, eu não me lembro mesmo o nome deles, meu teor alcoólico era extremamente alto para lembrar uma informação tão complexa.
Eles se aproximaram de mim para pedir alguma coisa, não sei se era um lanche, acho que era uma pipoca. Por exaustão ou por embriaguez, acho que as duas coisas, Anna Claudia e eu sentamos na areia e eles nos acompanharam. Comecei então a fazer mil perguntas sobre a vida daqueles meninos: Quantos anos vocês tem? Quem estuda? Cadê seu pai? E sua mãe? Por que estão aqui sozinhos?
As repostas eram praticamente as mesmas: 10, 11 anos; só um deles freqüentava o colégio; o pai morreu ou era alcoólatra; mãe idem ao pai; dois deles moravam com a avó; estavam sozinhos porque não devem satisfação a ninguém.
Depois de todas as perguntas e respostas, comecei um longo, e pra eles, chato discurso sobre a diferença que a escola faria na vida deles. Pedi que prometessem que voltariam a estudar, que não roubariam, que não sairiam de casa sem avisar seus responsáveis. Os alertei sobre os perigos de 3 meninos pequenos sozinhos em uma cidade grande... Huguinho e Zezinho prestavam a maior atenção em tudo que era dito, ainda mais depois que Tia Anna Claudia gastou seus últimos 2 reais pagando uma pipoca para os dois. Mas Luizinho corria a nossa volta, espantava pombos e me olhava com uma cara de desprezo, como se nada que eu falasse tivesse sentido. Então o chamei e pedi que sentasse que eu queria contar uma história. Contei a ele a história de algum garoto pobre que através dos estudos conseguiu muitas coisas na vida. Assim que falei isso Huguinho grita: Até um vídeo game tia? E eu respondi: Muito mais que um vídeo game! Zezinho abaixou a cabeça e triste falou: Eu não tenho vídeo game!
Os olhos de Anna Claudia lacrimejaram e escorreram lagrimas, ela me olhou fixamente e falou fungando: Eu também nunca tive um vídeo game!
Era pra ser um momento comovente, mas minha amiga tem o dom de arrancar gargalhadas de mim até quando deveria chorar.
Ela prometeu dar aos meninos um Nintendo que ela tinha em casa. Fiquei meio intrigada, porque ela tinha acabado de falar que não tinha vídeo game, mas quando ia esclarecer minha dúvida, fui surpreendida pela mão do arrisco Luizinho tocando meu ombro. Ele disse: Tia vem ver o que eu fiz!
Foi tão lindo de ver! Luizinho pegou diversos punhados de areia, levou para ciclovia e lá escreveu VIVIANNE, ele escreveu com um N só, mas tudo bem!
Dei um beijo neles, desejei sorte, pedi que pensassem em tudo que havíamos conversado e falei: Agora é melhor irem pra casa, já está tarde!
Eles ficaram gritando tchau pra gente, até sumirmos no meio das pessoas.
De repente, me veio na cabeça a dúvida do vídeo game, e logo perguntei pra Anna Claudia: Amiga não entendi nada. Primeiro você disse que nunca teve vídeo game, e em seguida promete dar um Nintendo que você tem em casa?
Anna Claudia me olhou e começou a rir: Nossa amiga como pude fazer isso!Iludi os meninos e prometi dar o vídeo game que a Bruna me emprestou! Hahaha
Infelizmente não é só um vídeo game que falta pra eles! É muito mais que isso, eles só precisam de atenção e carinho, que falta dentro de casa! Peço a Deus que cuide deles, e ao Estado que cumpra o direito que toda criança tem: A Educação!
Estava em Ipanema com um grupo de amigos, que acreditem, não há no mundo companhia melhor que a deles, principalmente quando se trata de festa.
Depois de muitas e muitas térmicas vazias, minha bexiga implorava por uma válvula de escape. Anna Claudia e eu fomos ao banheiro. Na volta, não me pergunte o porquê, fomos andar na areia da praia. No meio deste passeio, conheci 3 meninos, deviam ter uns 10, 11 anos no máximo. Moradores do bairro de Olaria estavam sozinhos em Ipanema. Pegaram um ônibus entrando sem pagar pela porta de trás e foram brincar na praia, em um de dia de calor do carnaval.
Vou chamá-los aqui de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Não! Na Verdade não se trata de sigilo de identidade, eu não me lembro mesmo o nome deles, meu teor alcoólico era extremamente alto para lembrar uma informação tão complexa.
Eles se aproximaram de mim para pedir alguma coisa, não sei se era um lanche, acho que era uma pipoca. Por exaustão ou por embriaguez, acho que as duas coisas, Anna Claudia e eu sentamos na areia e eles nos acompanharam. Comecei então a fazer mil perguntas sobre a vida daqueles meninos: Quantos anos vocês tem? Quem estuda? Cadê seu pai? E sua mãe? Por que estão aqui sozinhos?
As repostas eram praticamente as mesmas: 10, 11 anos; só um deles freqüentava o colégio; o pai morreu ou era alcoólatra; mãe idem ao pai; dois deles moravam com a avó; estavam sozinhos porque não devem satisfação a ninguém.
Depois de todas as perguntas e respostas, comecei um longo, e pra eles, chato discurso sobre a diferença que a escola faria na vida deles. Pedi que prometessem que voltariam a estudar, que não roubariam, que não sairiam de casa sem avisar seus responsáveis. Os alertei sobre os perigos de 3 meninos pequenos sozinhos em uma cidade grande... Huguinho e Zezinho prestavam a maior atenção em tudo que era dito, ainda mais depois que Tia Anna Claudia gastou seus últimos 2 reais pagando uma pipoca para os dois. Mas Luizinho corria a nossa volta, espantava pombos e me olhava com uma cara de desprezo, como se nada que eu falasse tivesse sentido. Então o chamei e pedi que sentasse que eu queria contar uma história. Contei a ele a história de algum garoto pobre que através dos estudos conseguiu muitas coisas na vida. Assim que falei isso Huguinho grita: Até um vídeo game tia? E eu respondi: Muito mais que um vídeo game! Zezinho abaixou a cabeça e triste falou: Eu não tenho vídeo game!
Os olhos de Anna Claudia lacrimejaram e escorreram lagrimas, ela me olhou fixamente e falou fungando: Eu também nunca tive um vídeo game!
Era pra ser um momento comovente, mas minha amiga tem o dom de arrancar gargalhadas de mim até quando deveria chorar.
Ela prometeu dar aos meninos um Nintendo que ela tinha em casa. Fiquei meio intrigada, porque ela tinha acabado de falar que não tinha vídeo game, mas quando ia esclarecer minha dúvida, fui surpreendida pela mão do arrisco Luizinho tocando meu ombro. Ele disse: Tia vem ver o que eu fiz!
Foi tão lindo de ver! Luizinho pegou diversos punhados de areia, levou para ciclovia e lá escreveu VIVIANNE, ele escreveu com um N só, mas tudo bem!
Dei um beijo neles, desejei sorte, pedi que pensassem em tudo que havíamos conversado e falei: Agora é melhor irem pra casa, já está tarde!
Eles ficaram gritando tchau pra gente, até sumirmos no meio das pessoas.
De repente, me veio na cabeça a dúvida do vídeo game, e logo perguntei pra Anna Claudia: Amiga não entendi nada. Primeiro você disse que nunca teve vídeo game, e em seguida promete dar um Nintendo que você tem em casa?
Anna Claudia me olhou e começou a rir: Nossa amiga como pude fazer isso!Iludi os meninos e prometi dar o vídeo game que a Bruna me emprestou! Hahaha
Infelizmente não é só um vídeo game que falta pra eles! É muito mais que isso, eles só precisam de atenção e carinho, que falta dentro de casa! Peço a Deus que cuide deles, e ao Estado que cumpra o direito que toda criança tem: A Educação!
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Uma roda viva...
Sinceramente acho um saco escrever sobre temas sérios. Ainda mais aqueles temas que estão em pauta e todo mundo tem um comentário fazer. Mesmo que seja um comentário totalmente sem critério.
Ainda não disparei em qualquer rede social, nenhuma vírgula que seja de tudo que tenho visto acontecer nessa cidade. Confesso que tenho assistido a tudo com uma ponta de decepção. Ver uma cidade tão linda, com pessoas felizes, acolhedoras, que gostam de trabalho e de festa, ser consumida por tiros, bombas de coquetel molotov, chamas, tráfico e corrupção, é no mínimo triste.
O que acontece agora é um reflexo de anos de descaso, má administração, roubalheira... Tiram dinheiro da educação para pagar viagens, festas e altos cargos e agora são obrigados a retirar quantias absurdas para transferência de presos para presídios de segurança máxima!
Chega a ser irônico! Gasta-se mais para manter um indivíduo preso, sendo que, para educá-lo saíria muito mais barato.
Tenho escutado e lido muitas frases que incentivam a morte de bandidos. Não vou discutir aqui o “sexo dos anjos”. Sei que há muitas pessoas pobres e sem oportunidade que correm atrás e conseguem um caminho melhor que o crime. Mas ter o crime tão próximo, te chamando, te seduzindo, te dando chance de ganhar todo o dinheiro que a sociedade em que vivemos nos estimula a conquistar, te dando status, te fazendo ser visto e ouvido... Todos esses fatores não favorecem que um menino pobre, sem estudo, sem orientação, com fome, comece a vender droga pra sobreviver? E depois disso o gosto pelo dinheiro e pelo poder só aumenta...
Se não morrem cedo, como muitos, eles serão presos, ainda crianças. Seria ideal que essas crianças fossem encaminhadas a um Centro de Recuperação. Um lugar onde teriam estudo, acompanhamento psicológico, amor, alimentação, saúde, higiene e acima de tudo Educação. Que a elas fosse dada a oportunidade de ler, de sonhar, de aprender.
Mas nossa realidade é tão diferente! Elas são encaminhadas a centros de Formação de Bandidos. Lá apanham, sofrem abuso sexual, passam fome, tem condições mínimas de higiene, e única oportunidade oferecida a elas é em algum comando, seja ele vermelho, roxo ou rosa.
Sei que muitos dirão: “é porque um vagabundo desses não matou ninguém da sua família”.
Opa, concordo! Acho que qualquer um que fizer mal a qualquer pessoa que eu amo, será foco de toda a minha raiva. Então que matem!
Mas me digam o que fazer com os outros milhares de meninos que estão sendo formados para o crime? Matamos também? Promoveremos então uma chacina em massa?!
Se permitem a minha opinião: incluam nessa chacina os políticos que roubam o dinheiro da educação, também os empresários que demitem um pobre coitado que tem 6 filhos pra criar. Incluam ainda alguns policiais que matam inocentes pelo simples prazer de sangue, incluam as pessoas que votam em políticos corruptos, incluam todos os que gostam de tirar vantagem, incluam os pobres de espírito que não ligam para o sofrimento alheio, incluam, incluam e incluam.
O problema é muito maior que matar bandidos. Trata-se de um problema enraizado, crônico.
Então punam os culpados, dirão outros!
A solução?
Montar um mega coquetel molotov explodir essa P#@$% toda e começar tudo outra vez...
Sei que muitos dirão: “é porque um vagabundo desses não matou ninguém da sua família”.
Opa, concordo! Acho que qualquer um que fizer mal a qualquer pessoa que eu amo, será foco de toda a minha raiva. Então que matem!
Mas me digam o que fazer com os outros milhares de meninos que estão sendo formados para o crime? Matamos também? Promoveremos então uma chacina em massa?!
Se permitem a minha opinião: incluam nessa chacina os políticos que roubam o dinheiro da educação, também os empresários que demitem um pobre coitado que tem 6 filhos pra criar. Incluam ainda alguns policiais que matam inocentes pelo simples prazer de sangue, incluam as pessoas que votam em políticos corruptos, incluam todos os que gostam de tirar vantagem, incluam os pobres de espírito que não ligam para o sofrimento alheio, incluam, incluam e incluam.
O problema é muito maior que matar bandidos. Trata-se de um problema enraizado, crônico.
Então punam os culpados, dirão outros!
A solução?
Montar um mega coquetel molotov explodir essa P#@$% toda e começar tudo outra vez...
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
O amor sozinho não constrói...
Outro dia estava conversando com um colega no MSN e ele me disse que seus pais ainda são casados, o que hoje em dia é um verdadeiro milagre. Depois que Claudia Raia se separou não acredito mais em amor eterno.
Ta certo que um relacionamento para dar certo é preciso mais que amor, e sim muita, muita paciência.
No início uma toalhinha em cima da cama é charme, uma pasta de dentes abertas também. Molhar o banheiro todo depois que toma banho e deixar vestígios de barba por toda a pia é fofinho. Mas com o tempo até um “bom dia” torna-se motivo para morte. Talvez o amor não tenha acabado, mas a convivência diária faz com que você não suporte mais ficar ao lado daquela pessoa, e aí que entra a paciência. Entender que as pessoas têm diferenças, que pensam de formas opostas... E que a melhor forma de manter um bom relacionamento é ser flexível.
Mas há quem ache que as relações atuais são muito efêmeras. Eu acho. As pessoas se cansam muito rápido, querem opções, querem sempre novidade. E aí o tempo passa e quando se dão conta estão sozinhas.
Sou freqüentadora esporádica (juro que é esporádico) de alguns botequins que tem entre seus clientes assíduos, velhos casados ou não, barrigudos, fumantes e sem saúde.
Quando olho para os casados fico tentando imaginar a esposa. E quando a imagino sinto uma pena. Ela em casa, sozinha, vendo TV ou fazendo o jantar. Enquanto o velho bêbado está ali, jogando, fumando e cantando as ninfetinhas que passam pela calçada. Mas aí uma luz me ilumina e eu repenso a pena que sinto. Ela quer mais que ele fique no bar, e que volte bem tarde, de preferência quando ela já estiver nos braços de Morfeu. Imagina ter que aturar aquele velho chato, fedendo a pinga e falando varias merdas. Melhor aturar o Toto e a Dona Gema, com aquele sotaque mal acabado que eles inventaram! Falta pouco para o fígado dele estourar e ela colocar a mão em sua pensão, então ela aguarda.
Opa! Mas não falei o que penso quando olho para os velhos solteiros solitários. A maioria deles gosta de menininhas, os que têm grana conseguem, os que não têm ficam na solidão mesmo. Mas deles eu realmente sinto pena. Chegam em casa sozinhos todos os dias, bebem mais, colocam algo no microondas, partem para seus lençóis e roncam a noite toda.
Não sei como conseguem viver tão sozinhos. Eles dizem que adoram, que mulher só trás problema, mas acho que no fundo sofrem. Viver sozinho é chato. Sempre é bom ter alguém para você compartilhar seu dia, sua vida, seus sonhos. O problema é quando você deposita seus sonhos e sua vida nas mãos de outra pessoa, achando que ela lhe guiará sempre, e lhe dará a felicidade constante.
É difícil dizer o que se espera de um futuro relacionamento. Diversas vezes você idealiza a pessoa perfeita, e de repente, se apaixona pelo primeiro imbecil que aparece.
Mas temos que manter pelo menos um nível de seleção, até porque, é com essa pessoa que você dividirá sua vida, ou pelos menos alguns meses.
Uma vez ouvi que as pessoas deveriam se casar com a pessoa que elas gostem de conversar, porque depois de um tempo é somente isso que farão.
Mas quando você começa a imaginar um companheiro ou companheira, no que você pensa?
Um pouco de beleza né?! Se não for bonito (a) que tenha pelo menos uma química muito forte entre os dois, porque isso ajuda muito.
Inteligente! Pra muitas pessoas esse quesito não é importante, mas pra mim é o primeiro deles. Não quero conversar sobre Sócrates, Einstein, Marx e Rousseau, o dia todo. Mas não vem com “concertesa” pra cima de mim não! Por favor!!!!
Senso de humor é necessário também, de preferência que entenda ironias.
Mas há virtudes que faltam em todas as pessoas, inclusive em mim, para se conseguir um relacionamento duradouro. Falta companheirismo, falta ouvir mais, falta “vestir a camisa” de equipe e não ser tão egoísta.
Pensamos tanto em nós mesmos, nas nossas necessidades, desejos e realizações, que nos esquecemos de pensar se a pessoa ao nosso lado, aquela que nos ama, também está satisfeita, também concorda....
O amor pode ser o maior do mundo, mas ele sozinho não constrói.
Ta certo que um relacionamento para dar certo é preciso mais que amor, e sim muita, muita paciência.
No início uma toalhinha em cima da cama é charme, uma pasta de dentes abertas também. Molhar o banheiro todo depois que toma banho e deixar vestígios de barba por toda a pia é fofinho. Mas com o tempo até um “bom dia” torna-se motivo para morte. Talvez o amor não tenha acabado, mas a convivência diária faz com que você não suporte mais ficar ao lado daquela pessoa, e aí que entra a paciência. Entender que as pessoas têm diferenças, que pensam de formas opostas... E que a melhor forma de manter um bom relacionamento é ser flexível.
Mas há quem ache que as relações atuais são muito efêmeras. Eu acho. As pessoas se cansam muito rápido, querem opções, querem sempre novidade. E aí o tempo passa e quando se dão conta estão sozinhas.
Sou freqüentadora esporádica (juro que é esporádico) de alguns botequins que tem entre seus clientes assíduos, velhos casados ou não, barrigudos, fumantes e sem saúde.
Quando olho para os casados fico tentando imaginar a esposa. E quando a imagino sinto uma pena. Ela em casa, sozinha, vendo TV ou fazendo o jantar. Enquanto o velho bêbado está ali, jogando, fumando e cantando as ninfetinhas que passam pela calçada. Mas aí uma luz me ilumina e eu repenso a pena que sinto. Ela quer mais que ele fique no bar, e que volte bem tarde, de preferência quando ela já estiver nos braços de Morfeu. Imagina ter que aturar aquele velho chato, fedendo a pinga e falando varias merdas. Melhor aturar o Toto e a Dona Gema, com aquele sotaque mal acabado que eles inventaram! Falta pouco para o fígado dele estourar e ela colocar a mão em sua pensão, então ela aguarda.
Opa! Mas não falei o que penso quando olho para os velhos solteiros solitários. A maioria deles gosta de menininhas, os que têm grana conseguem, os que não têm ficam na solidão mesmo. Mas deles eu realmente sinto pena. Chegam em casa sozinhos todos os dias, bebem mais, colocam algo no microondas, partem para seus lençóis e roncam a noite toda.
Não sei como conseguem viver tão sozinhos. Eles dizem que adoram, que mulher só trás problema, mas acho que no fundo sofrem. Viver sozinho é chato. Sempre é bom ter alguém para você compartilhar seu dia, sua vida, seus sonhos. O problema é quando você deposita seus sonhos e sua vida nas mãos de outra pessoa, achando que ela lhe guiará sempre, e lhe dará a felicidade constante.
É difícil dizer o que se espera de um futuro relacionamento. Diversas vezes você idealiza a pessoa perfeita, e de repente, se apaixona pelo primeiro imbecil que aparece.
Mas temos que manter pelo menos um nível de seleção, até porque, é com essa pessoa que você dividirá sua vida, ou pelos menos alguns meses.
Uma vez ouvi que as pessoas deveriam se casar com a pessoa que elas gostem de conversar, porque depois de um tempo é somente isso que farão.
Mas quando você começa a imaginar um companheiro ou companheira, no que você pensa?
Um pouco de beleza né?! Se não for bonito (a) que tenha pelo menos uma química muito forte entre os dois, porque isso ajuda muito.
Inteligente! Pra muitas pessoas esse quesito não é importante, mas pra mim é o primeiro deles. Não quero conversar sobre Sócrates, Einstein, Marx e Rousseau, o dia todo. Mas não vem com “concertesa” pra cima de mim não! Por favor!!!!
Senso de humor é necessário também, de preferência que entenda ironias.
Mas há virtudes que faltam em todas as pessoas, inclusive em mim, para se conseguir um relacionamento duradouro. Falta companheirismo, falta ouvir mais, falta “vestir a camisa” de equipe e não ser tão egoísta.
Pensamos tanto em nós mesmos, nas nossas necessidades, desejos e realizações, que nos esquecemos de pensar se a pessoa ao nosso lado, aquela que nos ama, também está satisfeita, também concorda....
O amor pode ser o maior do mundo, mas ele sozinho não constrói.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
A saudade bateu forte...
Para quem ainda não sabe, acabo de mudar de apartamento. Minha proximidade com as coisas que já deveriam estar no passado eram constantes, e ao invés de passado, estavam sendo meu presente e meu futuro. Enfim, a questão é que me mudei. Levando de lá muitas lindas lembranças e imensas saudades.
A saudade é ainda mais forte por conta do Zé. Tive que deixá-lo em Valença. Não pude levá-lo comigo. Minha mãe está com ele agora, mas espero ser por pouco tempo...
Então, já que a saudade bateu apertada resolvi escrever sobre ele, digo, escrever mais sobre ele né. Já que o início desse blog deu-se por conta dele.
Olhando seus filhotes, lembro-me de quando ele era somente uma bolinha de pelo. Nosso primeiro apartamento tinha uma cama de viúva, sim era bem desconfortável dormir um casal naquela cama. A cama era muito baixa e o espaço dela para o chão era mínimo, mas o Zé conseguia se enfiar lá dentro quando tomava uma bronca e não havia braço que o tirasse de lá.
Lembro-me de quando minha amiga Karen foi nos visitar e na hora de ir embora escondeu Zé dentro da sua jaqueta. Ta certo que a Karen é grande, mas nesse caso, ele que era um pequeno ursinho.
Estava há um mês com meu celular novo, arrumei minha bolsa e saí para o trabalho. Quando cheguei, procurei meu celular e não encontrei, em seguida liguei para ele para verificar se não estava escondido em algum lugar dentro de minha bolsa, resultado? Fora de área ou desligado! Na mesma hora me veio a imagem de meu ursinho destruidor partindo meu celular novo em centenas de pedaços. Zé desfiou a bateria do celular e com certeza comeu o chip, porque nunca o encontramos.
Ele tinha algum problema com tecnologia, porque também detestava o controle remoto. Quando teve oportunidade o partiu em pedacinhos, mastigou uma das pilhas e a outra desapareceu misteriosamente. Saímos então, como “pais” desesperados com o Zé no colo para tirar um raio-x do estomago. Tinha a possibilidade dele ter engolido uma das pilhas, e o veterinário foi claro: “Caso tenha engolido vai ter que abrir, se não a pilha estoura lá dentro e ele morre”. Uma luta para tirar o raixo-x, Zé não parava quieto, ele herdou um pouco da minha hiperatividade. Nada em seu estomago, Graças a Deus! Quando mudamos de apartamento achamos a pilha mastigada no canto do estrado da nossa cama de viúva. A pergunta é: Como ele conseguiu colocar aquela pilha naquele lugar?
Quando mudamos Zé já tinha um ano, não destruía mais móveis e como o apartamento tinha uma área grande, as vítimas passaram a ser as plantas. Durante seis meses não pude plantar nada, pois ele comia. Depois acho que enjoou. Mas não só de plantas vive o Zé, as frutas são seu ponto fraco. Banana com casca, tomate, morango, abacaxi, casca de melancia. Dos legumes o que ele mais curte é jiló e tem que ser cru, se for direto do pé da casa da vó da Isabel, melhor ainda!
A maneira que ele recepciona as pessoas que conhece é deveras calorosa. Ele late, chora, baba, pula, morde, e às vezes atenta ao pudor. Não posso falar o nome, mas quase estuprou uma amiga minha uma vez. Foi muito constrangedor.
Ele é ansioso e hiperativo, qualquer semelhança não é mera coincidência. Acha que tem tamanho de Pincher e tem atitudes de vira-lata. Não se mistura com goldens, a não ser que seja uma fêmea no cio. Caso o contrário ele gosta mesmo é de brincar com vira-latas. Tenho certeza que ele acha os goldens muito playdogs.
Quando sente medo parece uma criança, já perdi as contas das vezes que tive que tirá-lo de dentro do chuveiro ou das vezes que ele pulou em cima da cama com medo do barulho de fogos ou de tiros. Pra isso ele é muito cagão. Já para enfrentar outro cachorro, ixi, aí é complicado. Nenhum macho pode olhar torto pra ele, a não ser um São Bernardo que vai à Praia do Diabo e tem o dobro do tamanho dele. Um dia ele foi todo cheio de si pra cima do cachorro, que só levantou as orelhas. Mais rápido do que tudo, Zé colocou o rabo entre as pernas, literalmente, e veio correndo pra trás de mim, do tipo: “Mãeee me protege”.
Quero que a semana passe depressa para que eu possa curtir o meu Bode Louco, a saudade bateu forte!
"Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"
Marley e eu
Zé!Será por pouco tempo! Te amo!
A saudade é ainda mais forte por conta do Zé. Tive que deixá-lo em Valença. Não pude levá-lo comigo. Minha mãe está com ele agora, mas espero ser por pouco tempo...
Então, já que a saudade bateu apertada resolvi escrever sobre ele, digo, escrever mais sobre ele né. Já que o início desse blog deu-se por conta dele.
Olhando seus filhotes, lembro-me de quando ele era somente uma bolinha de pelo. Nosso primeiro apartamento tinha uma cama de viúva, sim era bem desconfortável dormir um casal naquela cama. A cama era muito baixa e o espaço dela para o chão era mínimo, mas o Zé conseguia se enfiar lá dentro quando tomava uma bronca e não havia braço que o tirasse de lá.
Lembro-me de quando minha amiga Karen foi nos visitar e na hora de ir embora escondeu Zé dentro da sua jaqueta. Ta certo que a Karen é grande, mas nesse caso, ele que era um pequeno ursinho.
Estava há um mês com meu celular novo, arrumei minha bolsa e saí para o trabalho. Quando cheguei, procurei meu celular e não encontrei, em seguida liguei para ele para verificar se não estava escondido em algum lugar dentro de minha bolsa, resultado? Fora de área ou desligado! Na mesma hora me veio a imagem de meu ursinho destruidor partindo meu celular novo em centenas de pedaços. Zé desfiou a bateria do celular e com certeza comeu o chip, porque nunca o encontramos.
Ele tinha algum problema com tecnologia, porque também detestava o controle remoto. Quando teve oportunidade o partiu em pedacinhos, mastigou uma das pilhas e a outra desapareceu misteriosamente. Saímos então, como “pais” desesperados com o Zé no colo para tirar um raio-x do estomago. Tinha a possibilidade dele ter engolido uma das pilhas, e o veterinário foi claro: “Caso tenha engolido vai ter que abrir, se não a pilha estoura lá dentro e ele morre”. Uma luta para tirar o raixo-x, Zé não parava quieto, ele herdou um pouco da minha hiperatividade. Nada em seu estomago, Graças a Deus! Quando mudamos de apartamento achamos a pilha mastigada no canto do estrado da nossa cama de viúva. A pergunta é: Como ele conseguiu colocar aquela pilha naquele lugar?
Quando mudamos Zé já tinha um ano, não destruía mais móveis e como o apartamento tinha uma área grande, as vítimas passaram a ser as plantas. Durante seis meses não pude plantar nada, pois ele comia. Depois acho que enjoou. Mas não só de plantas vive o Zé, as frutas são seu ponto fraco. Banana com casca, tomate, morango, abacaxi, casca de melancia. Dos legumes o que ele mais curte é jiló e tem que ser cru, se for direto do pé da casa da vó da Isabel, melhor ainda!
A maneira que ele recepciona as pessoas que conhece é deveras calorosa. Ele late, chora, baba, pula, morde, e às vezes atenta ao pudor. Não posso falar o nome, mas quase estuprou uma amiga minha uma vez. Foi muito constrangedor.
Ele é ansioso e hiperativo, qualquer semelhança não é mera coincidência. Acha que tem tamanho de Pincher e tem atitudes de vira-lata. Não se mistura com goldens, a não ser que seja uma fêmea no cio. Caso o contrário ele gosta mesmo é de brincar com vira-latas. Tenho certeza que ele acha os goldens muito playdogs.
Quando sente medo parece uma criança, já perdi as contas das vezes que tive que tirá-lo de dentro do chuveiro ou das vezes que ele pulou em cima da cama com medo do barulho de fogos ou de tiros. Pra isso ele é muito cagão. Já para enfrentar outro cachorro, ixi, aí é complicado. Nenhum macho pode olhar torto pra ele, a não ser um São Bernardo que vai à Praia do Diabo e tem o dobro do tamanho dele. Um dia ele foi todo cheio de si pra cima do cachorro, que só levantou as orelhas. Mais rápido do que tudo, Zé colocou o rabo entre as pernas, literalmente, e veio correndo pra trás de mim, do tipo: “Mãeee me protege”.
Quero que a semana passe depressa para que eu possa curtir o meu Bode Louco, a saudade bateu forte!
"Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"
Marley e eu
Zé!Será por pouco tempo! Te amo!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Um apelo a São Francisco de Assis!!!
Estava pronta para começar a escrever quando recebi um email pedindo assinaturas para ajudar os cavalos. Sim os cavalos, aqueles lindos animais, que desde os mais remotos tempos ajudam os seres humanos racionais com todo e qualquer serviço. Mesmo assim, o ser humano racional os trata como... Nem sei dizer como são tratados.
Não vou postar as fotos aqui, porque são fortes demais. Alguém pode dizer: Ah isso é foto montada!
Antes fosse! Já ouvi histórias e infelizmente pude presenciar os maus tratos, não só aos cavalos, mas a vários tipos de animais.
Outro dia mesmo, escutei um homem dizer que na fazenda do tio dele comia-se carne de cavalo. Cortavam as pernas do bicho e o deixavam sangrar até morrer. Ele disse que a carne era ótima, mas dava até uma tristeza ver o bicho gritar tanto (que bonzinho não!): Até lágrima saia dos olhos dele! Mas quem mandou ter a carne boa né! E pra ficar boa tem que matar assim!
Nem quero dizer o que sinto por esse tipo de ser humano. Animais sentem, animais amam! Eles só não inventaram o dinheiro e as bombas atômicas! Mas eles sentem dor, cede, fome!
Nós como seres pensantes tínhamos que fazer por onde! To de saco cheio de ver vídeos sobre rodeio, ver aqueles homens burros machucando bezerros, cavalos, bois como se fossem objetos, como se deles não saísse sangue!
Fico revoltada com as pessoas que pegam cães ou gatos e quando estes adoecem os abandonam a própria sorte. Seja em rodovias movimentadas ou então dentro de sacolas em cima de arvores! Ou ainda, uma louca que joga filhotes de cães dentro de um rio e os vê morrerem afogados sem nada fazer!
Como diria meu grande e evoluído amigo Kiko: Ah seres humanos!
Todo dia somos bombardeados com tanta maldade, que os exemplos se confundem em minha cabeça!
A foto de dois garotos retardados que matam cães com fio nylon e o exibem para uma câmera como se aquela atitude fosse sensacional! Quem educou essas crianças? Com certeza o maior vilão dos desenhos animados não seria capaz de tamanha maldade.
Mas refletindo... Quem faz com sua própria raça não fará com uma raça diferente?!
Não vou postar as fotos aqui, porque são fortes demais. Alguém pode dizer: Ah isso é foto montada!
Antes fosse! Já ouvi histórias e infelizmente pude presenciar os maus tratos, não só aos cavalos, mas a vários tipos de animais.
Outro dia mesmo, escutei um homem dizer que na fazenda do tio dele comia-se carne de cavalo. Cortavam as pernas do bicho e o deixavam sangrar até morrer. Ele disse que a carne era ótima, mas dava até uma tristeza ver o bicho gritar tanto (que bonzinho não!): Até lágrima saia dos olhos dele! Mas quem mandou ter a carne boa né! E pra ficar boa tem que matar assim!
Nem quero dizer o que sinto por esse tipo de ser humano. Animais sentem, animais amam! Eles só não inventaram o dinheiro e as bombas atômicas! Mas eles sentem dor, cede, fome!
Nós como seres pensantes tínhamos que fazer por onde! To de saco cheio de ver vídeos sobre rodeio, ver aqueles homens burros machucando bezerros, cavalos, bois como se fossem objetos, como se deles não saísse sangue!
Fico revoltada com as pessoas que pegam cães ou gatos e quando estes adoecem os abandonam a própria sorte. Seja em rodovias movimentadas ou então dentro de sacolas em cima de arvores! Ou ainda, uma louca que joga filhotes de cães dentro de um rio e os vê morrerem afogados sem nada fazer!
Como diria meu grande e evoluído amigo Kiko: Ah seres humanos!
Todo dia somos bombardeados com tanta maldade, que os exemplos se confundem em minha cabeça!
A foto de dois garotos retardados que matam cães com fio nylon e o exibem para uma câmera como se aquela atitude fosse sensacional! Quem educou essas crianças? Com certeza o maior vilão dos desenhos animados não seria capaz de tamanha maldade.
Mas refletindo... Quem faz com sua própria raça não fará com uma raça diferente?!
Uma raça que estupra bebês, queima pessoas vivas, dispara por um real, arrasta uma criança presa a um carro por vários quilômetros...
Uma raça dessas é capaz de tudo, é capaz de queimar cavalos, abandonar cachorros, torturar, massacrar e destruir qualquer espécie que quiser. Se tudo isso ainda fosse uma tentativa de sobrevivência da espécie, mas não, tudo por conta da maldade que é inerente ao ser humano.
Na próxima encarnação, por favor, quero ser uma planta!
"Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... DEUS quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida." (São Francisco de Assis)
Na próxima encarnação, por favor, quero ser uma planta!
"Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... DEUS quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida." (São Francisco de Assis)
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
A sorrir eu pretendo levar a vida!
Manter um blog atualizado não é tão fácil quanto eu pensei que fosse. Só publico histórias que eu mesma goste de ler várias vezes e ache graça várias vezes. Apesar de que as coisas não precisam ter muita graça para que eu ache engraçado.
Certa frase diz que: “rir de tudo é desespero”. Bem, não no meu caso. Ok, ok, Nelson Rubens, quando estou nervosa e desesperada não paro de rir. Mas rir, sorrir, manter a boca arreganhada e mostrando todos os dentes é pra mim um: hábito, mania, vício. Sou dependente de sorrisos e gargalhadas, mesmo que sejam nas horas mais impróprias.
Meus ataques de riso são constantes. Nos lugares onde no máximo sorrisos seriam bem-vindos, minhas gargalhadas já ecoaram! Exemplos? Missa, reuniões, palestras, salas de aula...
Lembro de um debate entre candidatos a reitoria da faculdade que fui com uma amiga, a Fish. Não éramos obrigadas a estar ali, não pertencíamos a nenhum lado, nem chapa. Aliás, nem havia muitos alunos, a maioria eram partidários e interesseiros. Estávamos ali pela simples vontade de estar. Entramos, ocupamos as ultimas cadeiras, e cinco minutos depois do inicio do debate, inclinei minha cabeça para direita, a fim de perguntar para Fish se ela estava sentindo o mesmo cheiro que eu. Juro que não me lembro agora qual cheiro era exatamente, mas não era de peido, acho que era de tinta. Não sei o que houve naquele momento, se tinha um gnomo invisível fazendo cócegas em nossos pés, mas o fato é que, antes que eu falasse qualquer coisa explodimos numa gargalhada sem fim! Estávamos sóbrias e não tinha nem vestígios de THC em nosso organismo. Não sei explicar porque foi preciso a gente se retirar do local para parar de rir. Foi vergonhoso eu sei!
João Felipe e eu tínhamos muitos ataques de riso. Passávamos o dia todo inventando besteiras para rir. O mais estranho é que a maior parte dessas besteiras fazia muita gente rir!
Poderia citar alguns exemplos, mas acho que poucas pessoas irão entender e me julgarão demente.
Muitas coisas na vida só são engraçadas pra quem viveu, quando você conta e o espectador fica te olhando com cara de “já acabou?”, “ah tá, legal”. Eu sou do tipo que conto rindo e quando termino de contar continuo rindo e geralmente a pessoa que ouviu acaba rindo também, mesmo não tendo a mínima graça!
Existem situações que não são engraçadas quando acontecem, mas depois que o tempo passa da até pra rir! Geralmente naqueles momentos desesperados, em que você está prestes a cortar os pulsos, vem aquela voz do além, que deveria ser gravada por uma locutora especialista em alta ajuda, que diz: Calma querida, você ainda vai rir disso tudo! Aí você pensa: E você vai rir junto comigo, mas banguela, porque vou te dar uma sapatada na boca se continuar falando essas merdas confortantes pra mim!
Mas a voz tem razão, as coisas passam, passam, e você acaba rindo mesmo!
Já tentei me tornar uma pessoa mais séria, mas não consigo! As pessoas confundem muito o fato deu gostar de sorrir com “forçação de barra”. Mas creiam em mim, sempre é espontâneo! Até porque sou muito sincera para conseguir fingir qualquer coisa. A não ser que eu esteja PÉSSIMAMENTE MAL, aí sim, meu sorriso apaga completamente!
Posso concluir que não tenho vocação para tristeza! Pessoas que levam a vida muito a sério e que cultivam infelicidades me cansam!
Exagero nas piadas tentando achar graça em tudo, porque tenho a certeza de que é sempre melhor rir da vida, do que ela rir de você!
Certa frase diz que: “rir de tudo é desespero”. Bem, não no meu caso. Ok, ok, Nelson Rubens, quando estou nervosa e desesperada não paro de rir. Mas rir, sorrir, manter a boca arreganhada e mostrando todos os dentes é pra mim um: hábito, mania, vício. Sou dependente de sorrisos e gargalhadas, mesmo que sejam nas horas mais impróprias.
Meus ataques de riso são constantes. Nos lugares onde no máximo sorrisos seriam bem-vindos, minhas gargalhadas já ecoaram! Exemplos? Missa, reuniões, palestras, salas de aula...
Lembro de um debate entre candidatos a reitoria da faculdade que fui com uma amiga, a Fish. Não éramos obrigadas a estar ali, não pertencíamos a nenhum lado, nem chapa. Aliás, nem havia muitos alunos, a maioria eram partidários e interesseiros. Estávamos ali pela simples vontade de estar. Entramos, ocupamos as ultimas cadeiras, e cinco minutos depois do inicio do debate, inclinei minha cabeça para direita, a fim de perguntar para Fish se ela estava sentindo o mesmo cheiro que eu. Juro que não me lembro agora qual cheiro era exatamente, mas não era de peido, acho que era de tinta. Não sei o que houve naquele momento, se tinha um gnomo invisível fazendo cócegas em nossos pés, mas o fato é que, antes que eu falasse qualquer coisa explodimos numa gargalhada sem fim! Estávamos sóbrias e não tinha nem vestígios de THC em nosso organismo. Não sei explicar porque foi preciso a gente se retirar do local para parar de rir. Foi vergonhoso eu sei!
João Felipe e eu tínhamos muitos ataques de riso. Passávamos o dia todo inventando besteiras para rir. O mais estranho é que a maior parte dessas besteiras fazia muita gente rir!
Poderia citar alguns exemplos, mas acho que poucas pessoas irão entender e me julgarão demente.
Muitas coisas na vida só são engraçadas pra quem viveu, quando você conta e o espectador fica te olhando com cara de “já acabou?”, “ah tá, legal”. Eu sou do tipo que conto rindo e quando termino de contar continuo rindo e geralmente a pessoa que ouviu acaba rindo também, mesmo não tendo a mínima graça!
Existem situações que não são engraçadas quando acontecem, mas depois que o tempo passa da até pra rir! Geralmente naqueles momentos desesperados, em que você está prestes a cortar os pulsos, vem aquela voz do além, que deveria ser gravada por uma locutora especialista em alta ajuda, que diz: Calma querida, você ainda vai rir disso tudo! Aí você pensa: E você vai rir junto comigo, mas banguela, porque vou te dar uma sapatada na boca se continuar falando essas merdas confortantes pra mim!
Mas a voz tem razão, as coisas passam, passam, e você acaba rindo mesmo!
Já tentei me tornar uma pessoa mais séria, mas não consigo! As pessoas confundem muito o fato deu gostar de sorrir com “forçação de barra”. Mas creiam em mim, sempre é espontâneo! Até porque sou muito sincera para conseguir fingir qualquer coisa. A não ser que eu esteja PÉSSIMAMENTE MAL, aí sim, meu sorriso apaga completamente!
Posso concluir que não tenho vocação para tristeza! Pessoas que levam a vida muito a sério e que cultivam infelicidades me cansam!
Exagero nas piadas tentando achar graça em tudo, porque tenho a certeza de que é sempre melhor rir da vida, do que ela rir de você!
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Podres sentimentos cultivados!
O ser humano possui sentimentos e atitudes que pra mim são insuportáveis. A começar pela inveja. Não há no mundo um sentimento tão desprezível quanto esse. Gostaria de poder não sentir a inveja das pessoas, mas sinto. Estranho, né? Não que eu seja uma pessoa muito invejada, mas eu reconheço com facilidade um invejoso. Seus olhares perdidos, seu incomodo por ver o próximo conquistar algo que ela não consegue conquistar, ou que, na maioria das vezes, nem tentou.
A inveja corrói, apodrece, você passa a vida toda cobiçando tudo dos outros, e você mesmo não conquista nada. Logicamente há a invejinha inocente! Como aquelas do tipo: quem me dera tivesse o corpo da Cléo Pires, ou então, como eu queria ser completamente desprendida de coisas materiais como Chico Xavier. Mas há aquela inveja corrosiva, que quando a pessoa te lança um olhar chega a dar medo! Dá aquele arrepio, misturado com um tremelique, que chamo erroneamente de descarga do corpo!
Para ilustrar, uma das mais sábias citações sobre a inveja: “A inveja mata os impuros de coração” (KEY, Kelly/2001)
Outra coisinha que repudio no ser humano é a tal da injustiça, seja ela cometida a qualquer espécie, raça, idade, cor, etc. Chego a tremer de raiva quando presencio uma injustiça.
Há algum tempo atrás saindo do trabalho, presenciei uma triste cena, protagonizada por uma atriz de quinta categoria. Uma velha feia que acha que só porque possui um pouco de dinheiro, pode tratar os outros como lixo. Ela é proprietária de alguma sala do prédio onde trabalho e estava simplesmente humilhando o porteiro. Lógico que o problema dela não devia ser com ele, mas pessoas frustradas agem assim... Não consegui ficar calada diante daquela cena, então quando eu estava quase saindo do prédio, olhei pra trás e exatamente na mesma hora, ela me olhou. Foi a minha chance, não hesitei e soltei: Velha Louca! E fui embora bem rapidinho, não riam, sei que não tenho talento para brigas, então soltei uma ofensa e corri. Sou como aquelas crianças que falam: Boba! E em seguida dão língua.
Domingo passado eu interferi em uma situação que parecia uma injustiça, mas quem quase foi injusta fui eu mesma. Estava em Valença, chegando em casa com minha mãe, quando no meio da rua surgiu o bezerrinho muito fofo. Atrás dele 3 meninos que aparentavam ter de 6 a 8 anos. Um com uma corda e os outros dois com pedaço de pau. Ao passarmos de carro pelo bezerro, notei que ele estava com um machucado no alto na coxa traseira. O ferimento sangrava... Em questão de segundos associei o ferimento aos pedaços de pau que os garotos seguravam e dei um grito: MÃE PARA O CARRO!!!
Minha mãe freou e eu desci como um furacão. Fui pra cima do bezerrinho tentando pará-lo, fazendo sons de beijo (pra quem não sabe, bois atendem por sons de beijo), e ao mesmo tempo comecei a gritar com os meninos!
O que vocês pensam que estão fazendo com esse bezerrinho??? Podem parar de machucá-lo!
Um dos garotos com uma cara apavorada respondeu rapidamente com tons de súplica:
Calma tia! Calma! Foi o morcego!
Eu não tava entendo e continuei falando: parem de machucá-lo já!!! E o garotinho: Não tia, não foi a gente, o morcego mordeu ele! A gente só ta tocando ele de volta pro dono!
Neste momento, a sanidade reapareceu a minha frente e retirou o pano preto que a injustiça jogara em meus olhos. Lembrei então que morcegos são uma triste constante em currais. Lá em casa eles já fizeram várias cabras como vítimas. Pedi desculpas, os aconselhei a cuidar bem dos bichinhos e fui embora...
Dia desses a injustiça aconteceu comigo! Mas como ainda não terminei meu curso de como Não Engolir Sapos em 20 capítulos deixei passar. Entrei no supermercado para comprar um suco, fui para o caixa que estava vazio, paguei e quando estava colocando meu suco na sacola escutei uma voz em tom grosseiro: Ah, olha aí a apressadinha! Rapidamente procurei quem estava falando com quem, e percebi que era pra mim. A velha continuou: Ta com pressa? Eu fiz cara de interrogação?! E ela continuou: Você furou fila! Na mesma hora pedi desculpas, mas realmente vi a fila vazia, e ela sutil como um elefante soltou: Eu devo estar invisível! Eu com toda minha paciência e educação que mamãe me deu respondi: Senhora, mil desculpas, não a vi na fila, se tivesse visto nunca furaria! Minha frase foi acompanhada pela afirmação positiva da Caixa, que também deve ter achado a senhora invisível, porque também não a viu na fila.
Tomara mesmo garota, que você não tenha me visto! Porque eu já desejei muito mal pra você! Berrou a senhora.
Se eu respondi? O que você acha? Lógico que não! Engoli seco, meu olho encheu d’água e fui pra casa pensando como o mundo está precisando de mais amor, ao invés destes sentimentos tão pequenos que os seres humanos cultivam.
A inveja corrói, apodrece, você passa a vida toda cobiçando tudo dos outros, e você mesmo não conquista nada. Logicamente há a invejinha inocente! Como aquelas do tipo: quem me dera tivesse o corpo da Cléo Pires, ou então, como eu queria ser completamente desprendida de coisas materiais como Chico Xavier. Mas há aquela inveja corrosiva, que quando a pessoa te lança um olhar chega a dar medo! Dá aquele arrepio, misturado com um tremelique, que chamo erroneamente de descarga do corpo!
Para ilustrar, uma das mais sábias citações sobre a inveja: “A inveja mata os impuros de coração” (KEY, Kelly/2001)
Outra coisinha que repudio no ser humano é a tal da injustiça, seja ela cometida a qualquer espécie, raça, idade, cor, etc. Chego a tremer de raiva quando presencio uma injustiça.
Há algum tempo atrás saindo do trabalho, presenciei uma triste cena, protagonizada por uma atriz de quinta categoria. Uma velha feia que acha que só porque possui um pouco de dinheiro, pode tratar os outros como lixo. Ela é proprietária de alguma sala do prédio onde trabalho e estava simplesmente humilhando o porteiro. Lógico que o problema dela não devia ser com ele, mas pessoas frustradas agem assim... Não consegui ficar calada diante daquela cena, então quando eu estava quase saindo do prédio, olhei pra trás e exatamente na mesma hora, ela me olhou. Foi a minha chance, não hesitei e soltei: Velha Louca! E fui embora bem rapidinho, não riam, sei que não tenho talento para brigas, então soltei uma ofensa e corri. Sou como aquelas crianças que falam: Boba! E em seguida dão língua.
Domingo passado eu interferi em uma situação que parecia uma injustiça, mas quem quase foi injusta fui eu mesma. Estava em Valença, chegando em casa com minha mãe, quando no meio da rua surgiu o bezerrinho muito fofo. Atrás dele 3 meninos que aparentavam ter de 6 a 8 anos. Um com uma corda e os outros dois com pedaço de pau. Ao passarmos de carro pelo bezerro, notei que ele estava com um machucado no alto na coxa traseira. O ferimento sangrava... Em questão de segundos associei o ferimento aos pedaços de pau que os garotos seguravam e dei um grito: MÃE PARA O CARRO!!!
Minha mãe freou e eu desci como um furacão. Fui pra cima do bezerrinho tentando pará-lo, fazendo sons de beijo (pra quem não sabe, bois atendem por sons de beijo), e ao mesmo tempo comecei a gritar com os meninos!
O que vocês pensam que estão fazendo com esse bezerrinho??? Podem parar de machucá-lo!
Um dos garotos com uma cara apavorada respondeu rapidamente com tons de súplica:
Calma tia! Calma! Foi o morcego!
Eu não tava entendo e continuei falando: parem de machucá-lo já!!! E o garotinho: Não tia, não foi a gente, o morcego mordeu ele! A gente só ta tocando ele de volta pro dono!
Neste momento, a sanidade reapareceu a minha frente e retirou o pano preto que a injustiça jogara em meus olhos. Lembrei então que morcegos são uma triste constante em currais. Lá em casa eles já fizeram várias cabras como vítimas. Pedi desculpas, os aconselhei a cuidar bem dos bichinhos e fui embora...
Dia desses a injustiça aconteceu comigo! Mas como ainda não terminei meu curso de como Não Engolir Sapos em 20 capítulos deixei passar. Entrei no supermercado para comprar um suco, fui para o caixa que estava vazio, paguei e quando estava colocando meu suco na sacola escutei uma voz em tom grosseiro: Ah, olha aí a apressadinha! Rapidamente procurei quem estava falando com quem, e percebi que era pra mim. A velha continuou: Ta com pressa? Eu fiz cara de interrogação?! E ela continuou: Você furou fila! Na mesma hora pedi desculpas, mas realmente vi a fila vazia, e ela sutil como um elefante soltou: Eu devo estar invisível! Eu com toda minha paciência e educação que mamãe me deu respondi: Senhora, mil desculpas, não a vi na fila, se tivesse visto nunca furaria! Minha frase foi acompanhada pela afirmação positiva da Caixa, que também deve ter achado a senhora invisível, porque também não a viu na fila.
Tomara mesmo garota, que você não tenha me visto! Porque eu já desejei muito mal pra você! Berrou a senhora.
Se eu respondi? O que você acha? Lógico que não! Engoli seco, meu olho encheu d’água e fui pra casa pensando como o mundo está precisando de mais amor, ao invés destes sentimentos tão pequenos que os seres humanos cultivam.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Fiquei pra Titia!
Essa semana recebi por email uma linda notícia: Vou ser titia!
Meu irmão Rafael será um lindo e jovem papai, digo, nem tão jovem assim já que já chegou aos 30! Fiquei tão radiante, não só por nossa família crescer, mas também porque tenho certeza que serei a madrinha do bebê! Mas também fiquei pensativa com a notícia, o tempo passou, Rafa é papai, João Felipe é casado, será mesmo que vou ficar pra titia?
No auge dos meus 25 poucos anos de vida, já posso dizer: Deus como passa rápido!
Outro dia mesmo estávamos nós três brigando por um espaço maior no sofá, voavam vários pés para todos os lados. Eu lógico sempre caia no chão.
Num acesso de fúria enlouquecedora, minha mãe cortou o fio da TV com uma tesoura. A briga desta vez era pelo canal, ela não agüentava mais gritos, devia estar na TPM. O único agravante é que a TV estava ligada na tomada, o que gerou uma pequena explosão e uma tesoura derretida. Quem disse que ter três filhos é mole? Mas com certeza não é pior que ser a caçula de dois irmãos sanguinários.
Mais uma vez a briga começava na sala, Rafael decidiu que João e eu não poderíamos mais conversar durante o Globo Esporte. Falamos até ele se irritar bastante e nos tirar da sala. Fomos para meu quarto, eu já estava na porta, quando João resolveu fazer a última provocação. Rafael arremessou seu chinelo Kenner, que é macio só para os pés, em cima do João. Pegaria na cabeça dele, se ele não tivesse abaixado, sobrou para minha pequena e frágil orelha. Não agüentei e caí no chão, aparentemente eles pensaram que minha orelha também não agüentaria. Ela se tornara uma bola de fogo. Meus pais? Não estavam! A empregada? Em algum lugar longe da gente! Se meus pais souberam disso? Acho que saberão agora.
O chinelo foi pouco perto da pisada que João Felipe me deu por eu não emprestar meu cobertor pra ele. Uma tarde fria, estávamos assistindo TV. Ele decidiu que ele ficaria com o sofá todo e que eu me viraria pelo chão. Peguei um colchão e um cobertor e fui pra sala. Ele determinou: Me da esse cobertor e pega outro pra você! Eu disse: Não! Ele quis puxar, eu deitada segurei firme no cobertor e em sua camiseta! De repente um som de rasgo, ele olhou para camiseta e olhou pra mim, estava rasgada. Ele soltou o cobertor e eu me encolhi como um bicho quando sabe que chegou a sua hora, ele levantou e passou por mim, como se nada fosse fazer. Quando eu relaxei e pensei: Acho que ele viu a bobeira que estava fazendo! Ele voltou e me pisou! No pé? Antes fosse! Foi na cara mesmo! Por isso eu disse que preferia o chinelo!
Eu tinha aquele jogo o War. Aquele viciante jogo que nos mantinha em casa durante as tardes de chuva. Não gostávamos de jogar com o Rafael, mas minha mãe nos obrigava.
Vão achar que ele ganhava todas e por isso não gostávamos de jogar com ele não é?! Muito pelo contrário! Ele perdia todas, nunca conseguia definir uma estratégia para seus objetivos. O problema é que quando alguém ganhava, ele jogava o tabuleiro pro alto, voavam todas as pecinhas pelo chão da sala e eu ficava mais de meia hora pegando uma por uma.
Jogar peteca com ele também era difícil! Sempre João e eu contra ele, já que ele tinha o dobro do nosso tamanho ficava justo. Mas ele roubava muito e quando se irritava dava uma “petecada” na nossa cabeça, na maioria das vezes a “petecada” era em mim.
Mas nada disso fez com que a gente se gostasse menos...
Um dia, Rafael brigou com a minha mãe e me falou que ia fugir de casa. Se enrolou em seu cobertor vermelho e foi embora. Eu entrei correndo, chorando, gritando, e minha mãe nem me deu bola. Eu super preocupada... O achei uma hora depois escondido no quartinho de empregada. Até hoje acho que ele fez aquilo só pra me sacanear!
Este quartinho já foi cenário de muitas histórias, uma vez João e eu nos trancamos lá dentro, jogamos a chave pela janela e depois ficamos gritando a mamãe! Quem apareceu foi o meu pai, que achou que já que havíamos nos trancado lá, deveríamos ficar um pouco mais. Não me lembro bem, mas passamos pelo menos uma duas horas lá dentro. Tivemos a fabulosa idéia de cortar umas batatas e “fritá-las” no ferro de passar... Não deu certo, só fez o castigo aumentar!
É tanta coisa, tanta história, que às vezes parece impossível que tenha acontecido em uma simples infância! Tomara que esse meu sobrinho tenha irmãos e muitos primos! E se nos tempos de hoje, ele tiver metade da infância que nós tivemos, ah com certeza será uma criança muito feliz!
Meu irmão Rafael será um lindo e jovem papai, digo, nem tão jovem assim já que já chegou aos 30! Fiquei tão radiante, não só por nossa família crescer, mas também porque tenho certeza que serei a madrinha do bebê! Mas também fiquei pensativa com a notícia, o tempo passou, Rafa é papai, João Felipe é casado, será mesmo que vou ficar pra titia?
No auge dos meus 25 poucos anos de vida, já posso dizer: Deus como passa rápido!
Outro dia mesmo estávamos nós três brigando por um espaço maior no sofá, voavam vários pés para todos os lados. Eu lógico sempre caia no chão.
Num acesso de fúria enlouquecedora, minha mãe cortou o fio da TV com uma tesoura. A briga desta vez era pelo canal, ela não agüentava mais gritos, devia estar na TPM. O único agravante é que a TV estava ligada na tomada, o que gerou uma pequena explosão e uma tesoura derretida. Quem disse que ter três filhos é mole? Mas com certeza não é pior que ser a caçula de dois irmãos sanguinários.
Mais uma vez a briga começava na sala, Rafael decidiu que João e eu não poderíamos mais conversar durante o Globo Esporte. Falamos até ele se irritar bastante e nos tirar da sala. Fomos para meu quarto, eu já estava na porta, quando João resolveu fazer a última provocação. Rafael arremessou seu chinelo Kenner, que é macio só para os pés, em cima do João. Pegaria na cabeça dele, se ele não tivesse abaixado, sobrou para minha pequena e frágil orelha. Não agüentei e caí no chão, aparentemente eles pensaram que minha orelha também não agüentaria. Ela se tornara uma bola de fogo. Meus pais? Não estavam! A empregada? Em algum lugar longe da gente! Se meus pais souberam disso? Acho que saberão agora.
O chinelo foi pouco perto da pisada que João Felipe me deu por eu não emprestar meu cobertor pra ele. Uma tarde fria, estávamos assistindo TV. Ele decidiu que ele ficaria com o sofá todo e que eu me viraria pelo chão. Peguei um colchão e um cobertor e fui pra sala. Ele determinou: Me da esse cobertor e pega outro pra você! Eu disse: Não! Ele quis puxar, eu deitada segurei firme no cobertor e em sua camiseta! De repente um som de rasgo, ele olhou para camiseta e olhou pra mim, estava rasgada. Ele soltou o cobertor e eu me encolhi como um bicho quando sabe que chegou a sua hora, ele levantou e passou por mim, como se nada fosse fazer. Quando eu relaxei e pensei: Acho que ele viu a bobeira que estava fazendo! Ele voltou e me pisou! No pé? Antes fosse! Foi na cara mesmo! Por isso eu disse que preferia o chinelo!
Eu tinha aquele jogo o War. Aquele viciante jogo que nos mantinha em casa durante as tardes de chuva. Não gostávamos de jogar com o Rafael, mas minha mãe nos obrigava.
Vão achar que ele ganhava todas e por isso não gostávamos de jogar com ele não é?! Muito pelo contrário! Ele perdia todas, nunca conseguia definir uma estratégia para seus objetivos. O problema é que quando alguém ganhava, ele jogava o tabuleiro pro alto, voavam todas as pecinhas pelo chão da sala e eu ficava mais de meia hora pegando uma por uma.
Jogar peteca com ele também era difícil! Sempre João e eu contra ele, já que ele tinha o dobro do nosso tamanho ficava justo. Mas ele roubava muito e quando se irritava dava uma “petecada” na nossa cabeça, na maioria das vezes a “petecada” era em mim.
Mas nada disso fez com que a gente se gostasse menos...
Um dia, Rafael brigou com a minha mãe e me falou que ia fugir de casa. Se enrolou em seu cobertor vermelho e foi embora. Eu entrei correndo, chorando, gritando, e minha mãe nem me deu bola. Eu super preocupada... O achei uma hora depois escondido no quartinho de empregada. Até hoje acho que ele fez aquilo só pra me sacanear!
Este quartinho já foi cenário de muitas histórias, uma vez João e eu nos trancamos lá dentro, jogamos a chave pela janela e depois ficamos gritando a mamãe! Quem apareceu foi o meu pai, que achou que já que havíamos nos trancado lá, deveríamos ficar um pouco mais. Não me lembro bem, mas passamos pelo menos uma duas horas lá dentro. Tivemos a fabulosa idéia de cortar umas batatas e “fritá-las” no ferro de passar... Não deu certo, só fez o castigo aumentar!
É tanta coisa, tanta história, que às vezes parece impossível que tenha acontecido em uma simples infância! Tomara que esse meu sobrinho tenha irmãos e muitos primos! E se nos tempos de hoje, ele tiver metade da infância que nós tivemos, ah com certeza será uma criança muito feliz!
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Minha alma evoluída!
Essa semana ouvi minha sobrinha emprestada, Giovanna, falar: Tia Vivianne, vou fazer um passeio na escola. Vamos para uma fazendinha: conhecer boi, galinha, dar mamadeira pro bezerro.
Aí me lembrei da minha infância, da verdadeira chácara que tínhamos em casa.
Vou tentar falar todos os animais que habitavam o terreno atrás do nosso muro, vamos lá: cães, coelhos, codornas, porquinho da índia, minhocas (sim tínhamos um minhocário), galinhas, gansos, patos, cabras, bodes, sem esquecer as geladas e escorregadias rãs.
Cada bicho desse era especial pra mim, cada nova cria uma felicidade!
Dos cães eu não preciso falar não é?
Tinha um coelho que era o meu preferido, acho que ele nasceu lá em casa mesmo. O nome dele era Cenourinha, será porque né? A gente brincava muito, na verdade eu brincava muito com ele. Ele me arranhava, parecia não gostar. Meu pai tinha razão quando dizia que o coelho qualquer dia fugiria de mim. De certa forma ele fugiu, “pro andar de cima”, mas fugiu. O achei morto na gaiola. Foi triste, me sinto culpada pela morte dele até hoje, talvez se eu não tivesse apertado tanto.
Das codornas o que mais gostava eram os ovinhos!!! Ah quando nasciam bebês codornas, tão pequenos! E os bebês gansos??? Ah que coisa mais fofa! Ficavam dentro de uma caixa com uma lâmpada acessa 24 horas para esquentá-los bastante. Eram pequenos, mas bravinhos. Gansos são cães de guarda com penas e dentes de serra; as pernas da minha mãe que o digam... Elas foram atacadas por um bando de gansos sedentos por suas varizes!
Também já tomei muita corrida de gansos, mas jogava ração de coelho para distraí-los e assim conseguia passar. Um dia quando me debrucei dentro daquele enorme balde para pegar ração, junto vieram 3 ratinhos pretos de brinde. Joguei tudo pro alto e fui aos berros chamar meu avô. Quando ele chegou os ratos já tinham ido embora. E com certeza foram embora me odiando por eu ter os tirado do lugar mais perfeito que eles conseguiram em toda a vida de rato: um balde lotado de ração aonde ainda poderiam cochilar!
Gostava de pegar as minhocas na mão para assustar a Tia Diva, e ninguém conseguia acreditar como eu não tinha nojo das pobres ranzinhas!
Adorava as galinhas, uma em especial, a Urubuzinha. Ela era meio redonda, pretinha pretinha. Gostava de ensiná-la a voar! Eu sei o que vocês estão pensando! Nossa que Felícia essa garota! Eu era mesmo. Ficava de um lado do muro e arremessava a Urubuzinha pro outro lado. Ela caia direto dentro do galinheiro, e eu corria até ela gritando: Muito bem Urubuzinha, quase um passarinho!
Tenho que certeza que se ela conseguisse voar seu destino seria o Japão ou quem sabe Plutão, o mais distante de mim melhor para sua integridade física!
Meu pai vendia leite de cabra! A cidade toda comprava com ele, e eu me sentia orgulhosa de ajudar na ordenha. Todo sábado e domingo eu acordava cedo junto com ele! Depois de quase não conseguir tomar o café com leite fervendo que ele me dava, íamos até os bichos e alimentávamos todos. Depois ele moía o capim, confesso que sempre fiquei tensa nessa hora, porque meu pai sempre contava a história de um homem que havia moído o braço junto com o capim. Ficava com meus olhos presos nos braços deles e super aliviada depois que acabava o processo. Enfim moído, era só misturar o capim ao farelo e servir o banquete às cabras. Prendíamos suas cabeças no coxo e começávamos a ordenha! Era a parte mais legal do fim de semana, pelo menos para uma criança de sete anos completamente apaixonada por bichos!
Um dia presenciei meu pai matar uma cabra, foi muito triste pra mim. Você comer carne é completamente diferente do que ver matarem um animal e depois você o comer, deu pra entender?
Quando era adolescente tive um peixe, o Fulano. Ele era muito solitário, então compramos a Ciclana. Fulano bateu em Ciclana até ela morrer. Depois disso se suicidou, acho que foi arrependimento ou então ele tinha algum distúrbio. Só sei que ele pulou do aquário direto pra morte!
Ganhei uma maritaca uma vez, o Brother, meu pai o achou caído perto de um barranco e o levou pra casa. Era muito bom dar mingau de fubá pra ele e ver seu papo crescendo com se fosse um balão! Ele sabia mandar beijo, e...e...e mais nada! Nem “curupaco meu loro” ele sabia falar!
Acho que as pessoas que amam animais já nascem com esse sentimento, mas com certeza meu pai sempre facilitou meu contato com eles. Embora minha mãe preferisse que eu brincasse de boneca no meu quarto ao invés de passar o dia inteiro tentando que as galinhas comessem urucum* e pegando 5 bernes na cabeça!
Um dia eu li que pessoas que amam os animais têm a alma evoluída, e falando sério se isso não for verdade deveria passar a ser!
*Arvoreta de até 10 metros de altura, dá floresce e dá frutos espinhudos de até 3 cms em janeiro/fevereiro e junho/agosto. Dentro dos frutos se encontram as sementes que podem ser verdes ou vermelhas. Para cultivo, semear em sacos e transplantar após 4 a 6 meses da germinação, à distância de 5 metros. Frutifica após 3 anos. Gosta de sol pleno, clima úmido, solos férteis e ricos em matéria orgânica; E NÃO SERVE DE ALIMENTO PARA GALINHAS!!!
Vou tentar falar todos os animais que habitavam o terreno atrás do nosso muro, vamos lá: cães, coelhos, codornas, porquinho da índia, minhocas (sim tínhamos um minhocário), galinhas, gansos, patos, cabras, bodes, sem esquecer as geladas e escorregadias rãs.
Cada bicho desse era especial pra mim, cada nova cria uma felicidade!
Dos cães eu não preciso falar não é?
Tinha um coelho que era o meu preferido, acho que ele nasceu lá em casa mesmo. O nome dele era Cenourinha, será porque né? A gente brincava muito, na verdade eu brincava muito com ele. Ele me arranhava, parecia não gostar. Meu pai tinha razão quando dizia que o coelho qualquer dia fugiria de mim. De certa forma ele fugiu, “pro andar de cima”, mas fugiu. O achei morto na gaiola. Foi triste, me sinto culpada pela morte dele até hoje, talvez se eu não tivesse apertado tanto.
Das codornas o que mais gostava eram os ovinhos!!! Ah quando nasciam bebês codornas, tão pequenos! E os bebês gansos??? Ah que coisa mais fofa! Ficavam dentro de uma caixa com uma lâmpada acessa 24 horas para esquentá-los bastante. Eram pequenos, mas bravinhos. Gansos são cães de guarda com penas e dentes de serra; as pernas da minha mãe que o digam... Elas foram atacadas por um bando de gansos sedentos por suas varizes!
Também já tomei muita corrida de gansos, mas jogava ração de coelho para distraí-los e assim conseguia passar. Um dia quando me debrucei dentro daquele enorme balde para pegar ração, junto vieram 3 ratinhos pretos de brinde. Joguei tudo pro alto e fui aos berros chamar meu avô. Quando ele chegou os ratos já tinham ido embora. E com certeza foram embora me odiando por eu ter os tirado do lugar mais perfeito que eles conseguiram em toda a vida de rato: um balde lotado de ração aonde ainda poderiam cochilar!
Gostava de pegar as minhocas na mão para assustar a Tia Diva, e ninguém conseguia acreditar como eu não tinha nojo das pobres ranzinhas!
Adorava as galinhas, uma em especial, a Urubuzinha. Ela era meio redonda, pretinha pretinha. Gostava de ensiná-la a voar! Eu sei o que vocês estão pensando! Nossa que Felícia essa garota! Eu era mesmo. Ficava de um lado do muro e arremessava a Urubuzinha pro outro lado. Ela caia direto dentro do galinheiro, e eu corria até ela gritando: Muito bem Urubuzinha, quase um passarinho!
Tenho que certeza que se ela conseguisse voar seu destino seria o Japão ou quem sabe Plutão, o mais distante de mim melhor para sua integridade física!
Meu pai vendia leite de cabra! A cidade toda comprava com ele, e eu me sentia orgulhosa de ajudar na ordenha. Todo sábado e domingo eu acordava cedo junto com ele! Depois de quase não conseguir tomar o café com leite fervendo que ele me dava, íamos até os bichos e alimentávamos todos. Depois ele moía o capim, confesso que sempre fiquei tensa nessa hora, porque meu pai sempre contava a história de um homem que havia moído o braço junto com o capim. Ficava com meus olhos presos nos braços deles e super aliviada depois que acabava o processo. Enfim moído, era só misturar o capim ao farelo e servir o banquete às cabras. Prendíamos suas cabeças no coxo e começávamos a ordenha! Era a parte mais legal do fim de semana, pelo menos para uma criança de sete anos completamente apaixonada por bichos!
Um dia presenciei meu pai matar uma cabra, foi muito triste pra mim. Você comer carne é completamente diferente do que ver matarem um animal e depois você o comer, deu pra entender?
Quando era adolescente tive um peixe, o Fulano. Ele era muito solitário, então compramos a Ciclana. Fulano bateu em Ciclana até ela morrer. Depois disso se suicidou, acho que foi arrependimento ou então ele tinha algum distúrbio. Só sei que ele pulou do aquário direto pra morte!
Ganhei uma maritaca uma vez, o Brother, meu pai o achou caído perto de um barranco e o levou pra casa. Era muito bom dar mingau de fubá pra ele e ver seu papo crescendo com se fosse um balão! Ele sabia mandar beijo, e...e...e mais nada! Nem “curupaco meu loro” ele sabia falar!
Acho que as pessoas que amam animais já nascem com esse sentimento, mas com certeza meu pai sempre facilitou meu contato com eles. Embora minha mãe preferisse que eu brincasse de boneca no meu quarto ao invés de passar o dia inteiro tentando que as galinhas comessem urucum* e pegando 5 bernes na cabeça!
Um dia eu li que pessoas que amam os animais têm a alma evoluída, e falando sério se isso não for verdade deveria passar a ser!
*Arvoreta de até 10 metros de altura, dá floresce e dá frutos espinhudos de até 3 cms em janeiro/fevereiro e junho/agosto. Dentro dos frutos se encontram as sementes que podem ser verdes ou vermelhas. Para cultivo, semear em sacos e transplantar após 4 a 6 meses da germinação, à distância de 5 metros. Frutifica após 3 anos. Gosta de sol pleno, clima úmido, solos férteis e ricos em matéria orgânica; E NÃO SERVE DE ALIMENTO PARA GALINHAS!!!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Meu cão e seu espírito zombeteiro!
Essa semana na produtora gravamos um CD de orações, muito bonito por sinal. O homem que gravou é um médium, aliás, eu adoro quando ele vem aqui. Parece que ele trás uma energia boa, uma paz, algo assim. Além da espiritualidade humana, ele acredita que os animais também possuem alma, só que ainda estão em um processo de evolução inferior ao nosso. Falando sobre isso, ele me disse que também tem um golden, o Shiva. Disse que o cão é acompanhando por espírito muito bom e que tem o poder da cura.
Fui pra casa pensando nisso. Se o cão dele tem um espírito que o acompanha, por que o Zé também não pode ter? Logicamente que para todas suas loucuras deve se tratar de um espírito zombeteiro, de bom coração, mas zombeteiro.
Faz muito tempo que não levo Zé para mergulhar no Arpoador. A última vez que estivemos lá não foi muito legal.
O dia estava lindo, típico sábado de sol carioca. Depois de muita luta, consegui colocar a coleira no Zé e lá foi ele me levar pra passear.
Quando chegamos à pedra avistei duas conhecidas minhas que estavam dentro da água com seus respectivos cães. O local onde elas estavam era exatamente o lugar que Zé costuma cair. Então fiquei segurando o côco na mão, esperando que elas saíssem da água. Zé começou a ficar nervoso, rodava em volta de mim, babava, latia e olhava fixo pro côco. Ele parecia falar com olhos: Joga logo esse côco, vamos estou com calor!!! Mas eu o olhei mais fixamente ainda e disse: Calma! Não vou jogar agora, não ta vendo que tem gente ali?!
Foi tudo tão rápido que nem tive tempo de reagir. Ele me olhou com uma cara do tipo: Ah é, não vai jogar? Beleza, eu pulo mesmo assim. E lá foi ele, fazendo jus ao apelido de Bode Louco.
Se quem sabe ele pulasse no mar como os outros cães não teria problema. Os cães normais descem até o finzinho da pedra e calmamente entram na água. Já o Zé... Ele saí correndo, da um salto de mais de um metro e caí feito um jaca explodindo água pra todos os lados.
E foi exatamente isso que ele fez. Como tem 40 kg com o salto que deu deve ter caído na água com 80 kg. Milagre, a moça que estava de costas para pedra afundou bem na hora que Zé cairia em cima da sua cabeça. Deus foi bom pra mim e pra ela naquele momento. Ela perderia a cabeça e eu a liberdade. Mas mesmo que ela tenha abaixado, não escapou de levar uma patada em cima do olho, que ficou um pouco inchado.
O que eu fiz? E eu lá tinha alguma coisa pra fazer? Só pude gritar e lamentar pelo olho dela. A minha sorte é que ela me conhece e conhece o Zé também. Sabia mais ou menos do que ele era capaz, então só me olhou com uma cara do tipo quero afogar você e seu cachorro, fora isso ficou tudo bem.
Zé saiu da água e já peguei a coleira pra levá-lo embora. Não tinha mais cara, nem pressão arterial pra ficar ali. Quando estou tentando colocar a coleira no Zé fui distraída por uma moça que chegou com uma linda Yorkshire na coleira. A moça estava procurando outra moça que também leva sua Golden para mergulhar ali. Mas a moça não estava lá.
Enquanto eu conversava com a mulher, Zé subiu as pedras. Quando eu o avistei dei um grito: Zé volta já aqui. Bom garoto, na mesma hora ele voltou. Mas voltou novamente como um Bode Louco. Possuído pelo seu espírito zombeteiro, que com certeza joga na cara dele um pano preto, que faz com ele corra sem nada ver a sua frente. O grande problema é que entre mim e ele havia a moça e sua pequena cadelinha. E no meio delas havia a guia de metro da cadela que estava toda esticada. Foi ali, exatamente ali, no meio da guia de metro que meu cachorro passou.
O que eu fiz? O que eu poderia fazer? Gritei, ou melhor, gritamos. A dona da cachorra, eu, a cachorra e os presentes.
Tadinha! Ficou toda enrolada na guia de metro. Sua coleirinha peitoral subiu para os olhos e ela por alguns instantes ficou cega. A dona pegou a cadelinha no colo numa atitude desesperada de sair dali. Eu muito sem graça, segurando o Zé, pedindo desculpas. E ela só repetia: Tudo bem não foi nada, preciso ir embora.
O problema é que a cadelinha continuava cega, então eu perguntei para moça me fazendo de boba: Essa coleira se usa assim mesmo, tampando os olhos dela?
Segundo grito: Ahh meu Deus!!!
Ela foi embora arrumando a coleira da cachorrinha.
Olhei para os presentes que olhavam para mim e para o Zé. Coloquei a coleira nele e disse em tom de brincadeira: Vamos embora, duas tentativas de assassinato está de bom tamanho para um dia só!
E lá fomos nós: Zé e eu, e mais atrás trazendo o côco, o seu espírito zombeteiro!
Fui pra casa pensando nisso. Se o cão dele tem um espírito que o acompanha, por que o Zé também não pode ter? Logicamente que para todas suas loucuras deve se tratar de um espírito zombeteiro, de bom coração, mas zombeteiro.
Faz muito tempo que não levo Zé para mergulhar no Arpoador. A última vez que estivemos lá não foi muito legal.
O dia estava lindo, típico sábado de sol carioca. Depois de muita luta, consegui colocar a coleira no Zé e lá foi ele me levar pra passear.
Quando chegamos à pedra avistei duas conhecidas minhas que estavam dentro da água com seus respectivos cães. O local onde elas estavam era exatamente o lugar que Zé costuma cair. Então fiquei segurando o côco na mão, esperando que elas saíssem da água. Zé começou a ficar nervoso, rodava em volta de mim, babava, latia e olhava fixo pro côco. Ele parecia falar com olhos: Joga logo esse côco, vamos estou com calor!!! Mas eu o olhei mais fixamente ainda e disse: Calma! Não vou jogar agora, não ta vendo que tem gente ali?!
Foi tudo tão rápido que nem tive tempo de reagir. Ele me olhou com uma cara do tipo: Ah é, não vai jogar? Beleza, eu pulo mesmo assim. E lá foi ele, fazendo jus ao apelido de Bode Louco.
Se quem sabe ele pulasse no mar como os outros cães não teria problema. Os cães normais descem até o finzinho da pedra e calmamente entram na água. Já o Zé... Ele saí correndo, da um salto de mais de um metro e caí feito um jaca explodindo água pra todos os lados.
E foi exatamente isso que ele fez. Como tem 40 kg com o salto que deu deve ter caído na água com 80 kg. Milagre, a moça que estava de costas para pedra afundou bem na hora que Zé cairia em cima da sua cabeça. Deus foi bom pra mim e pra ela naquele momento. Ela perderia a cabeça e eu a liberdade. Mas mesmo que ela tenha abaixado, não escapou de levar uma patada em cima do olho, que ficou um pouco inchado.
O que eu fiz? E eu lá tinha alguma coisa pra fazer? Só pude gritar e lamentar pelo olho dela. A minha sorte é que ela me conhece e conhece o Zé também. Sabia mais ou menos do que ele era capaz, então só me olhou com uma cara do tipo quero afogar você e seu cachorro, fora isso ficou tudo bem.
Zé saiu da água e já peguei a coleira pra levá-lo embora. Não tinha mais cara, nem pressão arterial pra ficar ali. Quando estou tentando colocar a coleira no Zé fui distraída por uma moça que chegou com uma linda Yorkshire na coleira. A moça estava procurando outra moça que também leva sua Golden para mergulhar ali. Mas a moça não estava lá.
Enquanto eu conversava com a mulher, Zé subiu as pedras. Quando eu o avistei dei um grito: Zé volta já aqui. Bom garoto, na mesma hora ele voltou. Mas voltou novamente como um Bode Louco. Possuído pelo seu espírito zombeteiro, que com certeza joga na cara dele um pano preto, que faz com ele corra sem nada ver a sua frente. O grande problema é que entre mim e ele havia a moça e sua pequena cadelinha. E no meio delas havia a guia de metro da cadela que estava toda esticada. Foi ali, exatamente ali, no meio da guia de metro que meu cachorro passou.
O que eu fiz? O que eu poderia fazer? Gritei, ou melhor, gritamos. A dona da cachorra, eu, a cachorra e os presentes.
Tadinha! Ficou toda enrolada na guia de metro. Sua coleirinha peitoral subiu para os olhos e ela por alguns instantes ficou cega. A dona pegou a cadelinha no colo numa atitude desesperada de sair dali. Eu muito sem graça, segurando o Zé, pedindo desculpas. E ela só repetia: Tudo bem não foi nada, preciso ir embora.
O problema é que a cadelinha continuava cega, então eu perguntei para moça me fazendo de boba: Essa coleira se usa assim mesmo, tampando os olhos dela?
Segundo grito: Ahh meu Deus!!!
Ela foi embora arrumando a coleira da cachorrinha.
Olhei para os presentes que olhavam para mim e para o Zé. Coloquei a coleira nele e disse em tom de brincadeira: Vamos embora, duas tentativas de assassinato está de bom tamanho para um dia só!
E lá fomos nós: Zé e eu, e mais atrás trazendo o côco, o seu espírito zombeteiro!
terça-feira, 17 de agosto de 2010
O valor da dor!
Dor! Palavrinha pequena, mas de grande efeito! E coloca efeito nisso!
Uma dor de barriga, por exemplo, tem efeitos catastróficos. Ela sempre tende a piorar quando o banheiro vai chegando mais perto.
Dor de garganta! Putz essa é ruim! E eu tenho gabarito pra falar, já que bati o record da garganta inflamada. Uma infecção a cada 15 dias.
Dor de ouvido! Putz e grila (que expressão bizarra), dor no ouvido é de matar! E o pior é que ela é mais comum em bebês e crianças! Dor malvada!
Acho que minhas inflamações de garganta foram responsáveis por 40% das dores que senti na vida! Depois da operação ainda doeu mais ainda!
Minhas queimaduras no acidente da igreja... Acho que 10%.
Minha queda na piscina mais 5%, nem me lembro se doeu.
Em geral minhas dores físicas sempre foram suportáveis, o ruim mesmo é quando dói o coração! Sim, ta bem, não exatamente o coração, mas dói dentro do corpo, sei lá parece que a alma dói.
Minha primeira grande e relevante dor no coração foi quando, covardemente, mataram minha cachorrinha a Lady. Eu tinha 10 anos, fiquei tão arrasada! Ela era a paixão da minha vida! Na época acho que ela andou matando algumas galinhas e então a mataram.
Lembro até hoje do meu pai me contando, doeu muito!
Minha segunda grande dor foi quando meu pai saiu de casa. Pareciam que estavam arrancando um pedaço de mim. E olha que ele não estava indo embora pra sempre, como foi o caso da Lady, só estava mudando de cidade. Foi o suficiente para doer como se junto com ele tivessem levado meu braço direito.
Anos mais tarde, João Felipe decidiu seguir o mesmo caminho do meu pai e leva embora meu braço esquerdo.
Depois chegou a minha vez de sair de casa, a saudade que eu sentia da minha mãe corroía minhas pernas! Com o tempo você passa a administrar a dor, e aos poucos seus membros vão se regenerando. Até porque mais na frente você vai enfrentar outro tipo de dor e vão levar o que de você? Seu fígado? Seus rins? Não pode né!
Se bem que há um ano e meio levaram meu coração, e o quebraram todinho. A pior coisa é que quando to colando o último pedaço a pessoa volta e faz questão de quebrar novamente! Mas desistir de deixá-lo inteiro jamé!
As dores fazem parte da vida, as físicas e as da alma. E ao mesmo tempo em que doem ensinam! A gente valoriza mais! Seja a amídala ou seu braço direito. Você se valoriza e valoriza as pessoas.
Aí que mora a beleza da vida, tirar da dor o aprendizado e capacidade de se regenerar!
Uaulll linda frase!!! Vou anotar e colocar no site pensador rsrs.
Uma dor de barriga, por exemplo, tem efeitos catastróficos. Ela sempre tende a piorar quando o banheiro vai chegando mais perto.
Dor de garganta! Putz essa é ruim! E eu tenho gabarito pra falar, já que bati o record da garganta inflamada. Uma infecção a cada 15 dias.
Dor de ouvido! Putz e grila (que expressão bizarra), dor no ouvido é de matar! E o pior é que ela é mais comum em bebês e crianças! Dor malvada!
Acho que minhas inflamações de garganta foram responsáveis por 40% das dores que senti na vida! Depois da operação ainda doeu mais ainda!
Minhas queimaduras no acidente da igreja... Acho que 10%.
Minha queda na piscina mais 5%, nem me lembro se doeu.
Em geral minhas dores físicas sempre foram suportáveis, o ruim mesmo é quando dói o coração! Sim, ta bem, não exatamente o coração, mas dói dentro do corpo, sei lá parece que a alma dói.
Minha primeira grande e relevante dor no coração foi quando, covardemente, mataram minha cachorrinha a Lady. Eu tinha 10 anos, fiquei tão arrasada! Ela era a paixão da minha vida! Na época acho que ela andou matando algumas galinhas e então a mataram.
Lembro até hoje do meu pai me contando, doeu muito!
Minha segunda grande dor foi quando meu pai saiu de casa. Pareciam que estavam arrancando um pedaço de mim. E olha que ele não estava indo embora pra sempre, como foi o caso da Lady, só estava mudando de cidade. Foi o suficiente para doer como se junto com ele tivessem levado meu braço direito.
Anos mais tarde, João Felipe decidiu seguir o mesmo caminho do meu pai e leva embora meu braço esquerdo.
Depois chegou a minha vez de sair de casa, a saudade que eu sentia da minha mãe corroía minhas pernas! Com o tempo você passa a administrar a dor, e aos poucos seus membros vão se regenerando. Até porque mais na frente você vai enfrentar outro tipo de dor e vão levar o que de você? Seu fígado? Seus rins? Não pode né!
Se bem que há um ano e meio levaram meu coração, e o quebraram todinho. A pior coisa é que quando to colando o último pedaço a pessoa volta e faz questão de quebrar novamente! Mas desistir de deixá-lo inteiro jamé!
As dores fazem parte da vida, as físicas e as da alma. E ao mesmo tempo em que doem ensinam! A gente valoriza mais! Seja a amídala ou seu braço direito. Você se valoriza e valoriza as pessoas.
Aí que mora a beleza da vida, tirar da dor o aprendizado e capacidade de se regenerar!
Uaulll linda frase!!! Vou anotar e colocar no site pensador rsrs.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O Babalorixá da minha mãe!!!
Será que as mães têm pacto com Pai Ogum Babalorixá ou talvez com a Mãe Dina?!
Parece que tudo dá errado quando fazemos ao contrário do que elas mandam. Ou então experimente mentir para elas! E vá vê o resultado catastrófico!
Eu nunca consegui mentir pra minha mãe, embora tenha tentando com afinco, ela sempre me pegava!
Um dos exemplos foi quando comecei a fumar, na verdade brincar de fumar. Tinha 13 anos e estava em casa com mais duas amigas que já fumavam, e como minha mãe trabalhava à tarde, elas foram lá pra casa para fumar, já que fumavam escondidas. Uma delas estava com o cigarro no fim e eu disse: Deixa eu jogar fora!!! Com todo o “sem jeito” coloquei aquela bituca de cigarro na boca, traguei e disse: “E aí Meni...”
Não deu tempo de perguntar para as meninas se havia feito certo, porque interrompi a palavra “meninas” para dizer MAMÃE!!! Sim, ela havia chegado, misteriosamente, sorrateiramente! Ela chegava em casa SEMPRE as 17:30h, mas aquele dia, o dia do meu primeiro inocente traguinho ela chega as 15:00h! Falei Mamãe com a fumaça saindo da minha boca, me gelei toda, aquele tipo de momento que você desejaria estar em qualquer outro lugar menos ali, com sua mãe fazendo a maior cara de decepção, por ter te criado tão bem, te dado tudo, pra depois te ver fumando com 13 anos de idade! Neste dia chorei, jurei, me descabelei, mas não aprendi, continuei fumando, e minha mãe pegou mais uma dezena de vezes. Lembro de uma final de algum campeonato, haviam colocado um telão na Rua dos Mineiros, em Valença. Acendi um cigarro e uma colega me disse: Ué Vivianne, sua mãe já sabe que você fuma? Eu disse: Lógico que não, mas não tem perigo dela passar por aqui, ela está no trabalho e este não é o caminho dela! Sim, não seria o caminho dela se ela não tivesse o tal pacto com o Babalorixá, porque ao dizer isso, senti uma pequena mãozinha bater em minhas costas, e uma voz dura que eu odiava escutar naquele tom zangado: Para casa agora! Era ela! Minha mãe atrás de mim e eu com a maior cara de cagona do mundo, joguei o cigarro fora e fui jurando que estava só segurando para uma amiga! Acho que não colou! Ela achava meus isqueiros, meus cigarros, me achava nos lugares, até interpretar meus códigos do diário a danada conseguia, cara como ela fazia isso?
Quando eu matava aula ela descobria, quando o João Felipe assinava minha caderneta se fazendo passar pelo meu pai para eu poder sair mais cedo da escola, ela também descobria! Que coisa!
Acho que do alto dos meus 25 anos se tentar mentir pra ela não vou conseguir, posso ter êxito por um tempo mínimo, mas ela sempre descobre a verdade!
Nenhuma vez que a desobedeci aconteceram coisas boas, por exemplo, na minha fatídica queda na piscina, ela havia pedido segundos antes para eu ir tomar banho, mas eu desobedeci e em seguida não preciso contar o que me aconteceu! Ou quando eu tive... Ai que constrangedor contar isso, mas quando eu tive 5 bernes na cabeça foi, com certeza, porque eu não a escutava quando ela mandava eu sair do meio dos bichos, e pior que depois foi ela quem mais sofreu, porque a cada berne arrancado da minha cabeça um desmaio a acometia. A pediatra tinha que parar todo o procedimento para poder acordá-la.
Foram tantas outras conseqüências ruins quando tentei desobedecer a uma ordem dela, e tem aquele famoso exemplo: Filha leva o casaco que vai esfriar! Que isso mãe 30 graus lá fora! Horas depois e você virando picolé na rua! Como acontece isso? Por que pragas de mãe pegam tanto? Sem resposta até o momento, o melhor mesmo é não contrariar!
Parece que tudo dá errado quando fazemos ao contrário do que elas mandam. Ou então experimente mentir para elas! E vá vê o resultado catastrófico!
Eu nunca consegui mentir pra minha mãe, embora tenha tentando com afinco, ela sempre me pegava!
Um dos exemplos foi quando comecei a fumar, na verdade brincar de fumar. Tinha 13 anos e estava em casa com mais duas amigas que já fumavam, e como minha mãe trabalhava à tarde, elas foram lá pra casa para fumar, já que fumavam escondidas. Uma delas estava com o cigarro no fim e eu disse: Deixa eu jogar fora!!! Com todo o “sem jeito” coloquei aquela bituca de cigarro na boca, traguei e disse: “E aí Meni...”
Não deu tempo de perguntar para as meninas se havia feito certo, porque interrompi a palavra “meninas” para dizer MAMÃE!!! Sim, ela havia chegado, misteriosamente, sorrateiramente! Ela chegava em casa SEMPRE as 17:30h, mas aquele dia, o dia do meu primeiro inocente traguinho ela chega as 15:00h! Falei Mamãe com a fumaça saindo da minha boca, me gelei toda, aquele tipo de momento que você desejaria estar em qualquer outro lugar menos ali, com sua mãe fazendo a maior cara de decepção, por ter te criado tão bem, te dado tudo, pra depois te ver fumando com 13 anos de idade! Neste dia chorei, jurei, me descabelei, mas não aprendi, continuei fumando, e minha mãe pegou mais uma dezena de vezes. Lembro de uma final de algum campeonato, haviam colocado um telão na Rua dos Mineiros, em Valença. Acendi um cigarro e uma colega me disse: Ué Vivianne, sua mãe já sabe que você fuma? Eu disse: Lógico que não, mas não tem perigo dela passar por aqui, ela está no trabalho e este não é o caminho dela! Sim, não seria o caminho dela se ela não tivesse o tal pacto com o Babalorixá, porque ao dizer isso, senti uma pequena mãozinha bater em minhas costas, e uma voz dura que eu odiava escutar naquele tom zangado: Para casa agora! Era ela! Minha mãe atrás de mim e eu com a maior cara de cagona do mundo, joguei o cigarro fora e fui jurando que estava só segurando para uma amiga! Acho que não colou! Ela achava meus isqueiros, meus cigarros, me achava nos lugares, até interpretar meus códigos do diário a danada conseguia, cara como ela fazia isso?
Quando eu matava aula ela descobria, quando o João Felipe assinava minha caderneta se fazendo passar pelo meu pai para eu poder sair mais cedo da escola, ela também descobria! Que coisa!
Acho que do alto dos meus 25 anos se tentar mentir pra ela não vou conseguir, posso ter êxito por um tempo mínimo, mas ela sempre descobre a verdade!
Nenhuma vez que a desobedeci aconteceram coisas boas, por exemplo, na minha fatídica queda na piscina, ela havia pedido segundos antes para eu ir tomar banho, mas eu desobedeci e em seguida não preciso contar o que me aconteceu! Ou quando eu tive... Ai que constrangedor contar isso, mas quando eu tive 5 bernes na cabeça foi, com certeza, porque eu não a escutava quando ela mandava eu sair do meio dos bichos, e pior que depois foi ela quem mais sofreu, porque a cada berne arrancado da minha cabeça um desmaio a acometia. A pediatra tinha que parar todo o procedimento para poder acordá-la.
Foram tantas outras conseqüências ruins quando tentei desobedecer a uma ordem dela, e tem aquele famoso exemplo: Filha leva o casaco que vai esfriar! Que isso mãe 30 graus lá fora! Horas depois e você virando picolé na rua! Como acontece isso? Por que pragas de mãe pegam tanto? Sem resposta até o momento, o melhor mesmo é não contrariar!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Unha, Carne e um pouco de sangue!!!
Ontem à noite falei pelo MSN com meu irmão de 26 anos mais lindo do mundo, João Felipe. Ele é o mais lindo de 26, Rafa o mais lindo de 30, Gui o mais lindo de 7 e Gustavo o mais lindo de 1 ano, pronto, assim eu não me comprometo! Aliás, Papai pare de fazer filho! rs
Mas voltando a falar do João Felipe, não creio que até hoje não escrevi nada sobre ele ou sobre nossas mil e uma aventuras!
João Felipe nasceu gêmeo da Ana Paula, que infelizmente faleceu com 9 dias. Um ano e dois meses após eu nasci (mamãe e papai não deviam gostar de TV). Enfim, não nascemos na mesma “barrigada”, mas somos ligados por algo muito maior!
Vovó dizia: “Lipe e Vivi são unha e carne!”
Mas voltando a falar do João Felipe, não creio que até hoje não escrevi nada sobre ele ou sobre nossas mil e uma aventuras!
João Felipe nasceu gêmeo da Ana Paula, que infelizmente faleceu com 9 dias. Um ano e dois meses após eu nasci (mamãe e papai não deviam gostar de TV). Enfim, não nascemos na mesma “barrigada”, mas somos ligados por algo muito maior!
Vovó dizia: “Lipe e Vivi são unha e carne!”
E éramos mesmo, uma vez arranquei a unha e a carne dele.
Devíamos ter uns 9 anos, estávamos assistindo ao filme “Deby e Loydi”, diga-se de passagem, um dos meus favoritos até hoje. Quando acabou o filme corremos para o quartinho de empregada, onde minha mãe estava. Eu queria contar o filme pra ela e João Felipe também. Então começamos a brigar e eu o empurrei para fora do quarto batendo a porta.
A porta era de quadrados de vidro e ele segurou justo no quadrado que estava frouxo. O vidro espatifou em seu braço, cortando-o os braços, os dedos, um pedaço da unha... Acho que senti mais dor que ele. Fiquei me sentindo tão responsável.
Ele foi para o hospital com meus pais, tomou ponto e eu em casa me penalizando, mas acho que depois de um tempo ele me perdoou. Até porque, anos depois ele se vingou.
Morávamos ao lado de uma Igreja, estávamos chegando em casa e havia um fogo no portão da Igreja. Alguém tinha acendido velas ali. As velas derreteram e o fogo continuou em cima da poça de cera.
Morávamos ao lado de uma Igreja, estávamos chegando em casa e havia um fogo no portão da Igreja. Alguém tinha acendido velas ali. As velas derreteram e o fogo continuou em cima da poça de cera.
“É a nossa chance de virarmos os heróis da rua, apagando o fogo e salvando a Santa Luzia”, disse João Felipe imaginando nossas brincadeiras de super-heróis.
Eu como aceitava e concordava com tudo que ele dizia, sugeri que jogássemos água para apagar o fogo. Ele me chamou de burra e disse que tínhamos que jogar um pedregulho para o fogo acabar.
Uma escuridão se formou diante de meus olhos, só consegui ver pequenas fagulhas de luz. O pedregulho do João Felipe acabou provocando certo tipo de explosão, fazendo com que toda aquela cera, quente e derretida, viesse parar em cima de mim.
Tive queimaduras em quase toda a perna e algumas nos braços. João Felipe ficou arrasado, mas acho que ao mesmo tempo ficamos empatados. Fiquei com algumas bolhas nojentas nas pernas e ele ficava brincando com elas!!! Hahaha, porco!
Ta certo que apanhei muito dele. Já levei a culpa por ele e também era a válvula de escape de todas as suas frustrações.
Quando por exemplo: o dia que ele estava pronto para sair e Rafael o jogou dentro da piscina. Eu estava quietinha, sentada na varanda olhando aquela cena estúpida. Ele saiu raivoso de dentro da piscina e disse: “Ta olhando o quê?”
Me pegou pelos braços e me tacou na piscina. Lembrar disso hoje me da uma enorme vontade de rir, mas no dia eu chorei muito.
Mesmo com todos os tapas, socos, empurrões e pisadas na cara, éramos grudados, amigos mesmo!
O destino nos separou, nos juntou novamente e tornou a nos separar, mas aqui dentro de mim, no meu canto esquerdo o João Felipe, meu Fefe, ta sempre presente! Te amo!
domingo, 18 de julho de 2010
Voluntária
Falarei hoje em algumas linhas de uma das melhores experiências que já vivi!
Não, não consegui uma super promoção, nem conheci Gianecchini! Eu simplesmente me tornei VOLUNTÁRIA!
Ontem foi a minha primeira visita a ONG Solar Meninos de Luz, pra quem interessar possa: http://www.meninosdeluz.org.br/, sou mais um membro voluntário do berçário, tomo conta de bebes de 0 a 3 anos!
Não é novidade para ninguém que me conhece minha paixão por criança. Seja a idade que for elas me fascinam. Suas bochechas, seus olinhos curiosos, seu sorriso inocente, ah que vontade de morder!
Quando cheguei, o primeiro rostinho que vi foi o do Tico, um pequeno, lindo e bochechudo bebe de um ano e meio, em quanto eu tirava os sapatos ele correu pra perto de mim, sorriu e me abraçou! Que maravilhoso esse trabalho, eu nem havia começado e já tinha recebido o pagamento!
Ontem por conta da chuva havia poucas crianças. Além do Tico, mais dois de dois anos: Jaiminho e Antonia Isabele, ele com um sorriso cheio de covinhas e ela uma bonequinha que anda.
Brinquei de bola, pintei, dei comida, fiz cosquinha, e saí de lá com uma enorme vontade de voltar na semana que vem!
Então fica aqui meu conselho, minha dica:
Doem-se mais, seja para uma criança, um idoso ou para os animais! A vida fica muito mais colorida, com todos aqueles sorrisos iluminados me sinto andando em um arco-íris!!!
Obs: Aproveito este post para pedir aos amigos que têm crianças em casa e que possam doar roupinhas que não usem mais, ou então pra quem quiser doar sabonetes, fraldas, etc. Falem comigo, por favor, as crianças agradecem!
Não, não consegui uma super promoção, nem conheci Gianecchini! Eu simplesmente me tornei VOLUNTÁRIA!
Ontem foi a minha primeira visita a ONG Solar Meninos de Luz, pra quem interessar possa: http://www.meninosdeluz.org.br/, sou mais um membro voluntário do berçário, tomo conta de bebes de 0 a 3 anos!
Não é novidade para ninguém que me conhece minha paixão por criança. Seja a idade que for elas me fascinam. Suas bochechas, seus olinhos curiosos, seu sorriso inocente, ah que vontade de morder!
Quando cheguei, o primeiro rostinho que vi foi o do Tico, um pequeno, lindo e bochechudo bebe de um ano e meio, em quanto eu tirava os sapatos ele correu pra perto de mim, sorriu e me abraçou! Que maravilhoso esse trabalho, eu nem havia começado e já tinha recebido o pagamento!
Ontem por conta da chuva havia poucas crianças. Além do Tico, mais dois de dois anos: Jaiminho e Antonia Isabele, ele com um sorriso cheio de covinhas e ela uma bonequinha que anda.
Brinquei de bola, pintei, dei comida, fiz cosquinha, e saí de lá com uma enorme vontade de voltar na semana que vem!
Então fica aqui meu conselho, minha dica:
Doem-se mais, seja para uma criança, um idoso ou para os animais! A vida fica muito mais colorida, com todos aqueles sorrisos iluminados me sinto andando em um arco-íris!!!
Obs: Aproveito este post para pedir aos amigos que têm crianças em casa e que possam doar roupinhas que não usem mais, ou então pra quem quiser doar sabonetes, fraldas, etc. Falem comigo, por favor, as crianças agradecem!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O Desabafo de um dedo podre!
Fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho!
Baseado nesta afirmativa musical de Tom Jobim ficamos loucos a procurar alguém que complete nossa outra metade!
Minhas relações amorosas não foram muito bem sucedidas, diga-se de passagem, até porque do início até o final da minha adolescência fui movida por um dos mais loucos dos sentimentos: O amor platônico!
Não vou citar nomes para não expor ninguém e também não expor exageradamente minha vida pessoal!
Quando tinha 12 anos me apaixonei por um garoto um pouco mais velho que eu, ele devia ter uns 15. Mas pra mim ele era absurdamente velho! Nos conhecemos na escola em um dia que cheguei a atrasada ao colégio e ele também, ele sentou ao meu lado e começamos a conversar, ele disse que conhecia meu irmão e perguntou se eu iria na festa na casa da XYZ, eu disse que não sabia (não podia contar pra ele que eu não saia porque minha mãe não deixava), ele disse se você quiser eu te levo!!! BUMMM!!! Foi aí que me apaixonei, as borboletas voaram no meu estomago e meus olhos vibraram de felicidade! Ele acabou sendo o primeiro garoto que eu beijei, que eu beijei e que as meninas da cidade de Valença inteira beijaram, já que ele era o maior galinha do mundo inteiro! Sofri por meses e meses o vendo ficar cada dia com uma menina diferente, hoje em dia nem me lembro mais quando o esqueci, mas acho que demorou bastante!
Depois dele só quando eu tinha 16 anos, o garoto não era de Valença, nos conhecemos na finada boate Barcelona, ele pediu que saíssemos lá de dentro, pois tinha uma ex-namorada muito barraqueira que estava lá dentro e queria me preservar! Depois de 2 meses ficando com ele e completamente apaixonada, com borboletas até na garganta eu descobri que ele ainda tinha namorada, que tinha mentido pra mim, que golpe, que filho da mãe... Mas até aí morreu Neves, porque eu já estava na dele, ele terminou com a namorada, fiquei mais uns meses com ele até que ele ficou com minha ex-melhor amiga que quis se vingar de mim e achou um babaca para tal feito! Também não lembro quanto tempo levou para esquecer, mas com certeza mais tempo do que eles mereciam!
Já na faculdade com meus 18 anos e tentando parecer menos criança possível, me apaixono no primeiro dia de aula, por um cara que me disse: Fiquei sabendo que seu irmão é ciumento! BUMM!!! Não sei o que aconteceu, eu não tinha mais 12 anos de idade, mas não é que me apaixonei! Ficamos algumas vezes, um mês depois ele voltou para ex-namorada! Nossa sofri horrores, sem ele saber lógico, até porque continuamos bons amigos, eu fingia que não sentia nada! E não é que ele virou um grande amigo? Adoro ele até hoje, mesmo longe e sem contato, ele é um cara muito bacana, safado, mas bacana!
Vou pular a parte de mais uns rolos, casos e namoros, porque por nenhum deles fui apaixonada!
Meu ultimo relacionamento foi uma explosão de sentimentos! O conheci e com 4 meses já estávamos morando juntos, eu estava certa que era a decisão mais sábia que eu tomaria! E por dois anos realmente foi à decisão mais sábia, até acontecer a outra certeza da vida, que não a morte: o chifre! rs
Como em todos os casos sofri horrores, ainda não esqueci completamente, mas como todas as paixões um dia a gente esquece.
Agora com 25 anos espero ter um relacionamento mais maduro, sem paixões platônicas e alucinógenas, e se tiver que eu consiga manter as borboletas voando mais baixo e fazendo peso para que meus pés continuem no chão!
O amor é fundamental, mas Tom se esqueceu de falar o quanto de estrago ele faz!
Baseado nesta afirmativa musical de Tom Jobim ficamos loucos a procurar alguém que complete nossa outra metade!
Minhas relações amorosas não foram muito bem sucedidas, diga-se de passagem, até porque do início até o final da minha adolescência fui movida por um dos mais loucos dos sentimentos: O amor platônico!
Não vou citar nomes para não expor ninguém e também não expor exageradamente minha vida pessoal!
Quando tinha 12 anos me apaixonei por um garoto um pouco mais velho que eu, ele devia ter uns 15. Mas pra mim ele era absurdamente velho! Nos conhecemos na escola em um dia que cheguei a atrasada ao colégio e ele também, ele sentou ao meu lado e começamos a conversar, ele disse que conhecia meu irmão e perguntou se eu iria na festa na casa da XYZ, eu disse que não sabia (não podia contar pra ele que eu não saia porque minha mãe não deixava), ele disse se você quiser eu te levo!!! BUMMM!!! Foi aí que me apaixonei, as borboletas voaram no meu estomago e meus olhos vibraram de felicidade! Ele acabou sendo o primeiro garoto que eu beijei, que eu beijei e que as meninas da cidade de Valença inteira beijaram, já que ele era o maior galinha do mundo inteiro! Sofri por meses e meses o vendo ficar cada dia com uma menina diferente, hoje em dia nem me lembro mais quando o esqueci, mas acho que demorou bastante!
Depois dele só quando eu tinha 16 anos, o garoto não era de Valença, nos conhecemos na finada boate Barcelona, ele pediu que saíssemos lá de dentro, pois tinha uma ex-namorada muito barraqueira que estava lá dentro e queria me preservar! Depois de 2 meses ficando com ele e completamente apaixonada, com borboletas até na garganta eu descobri que ele ainda tinha namorada, que tinha mentido pra mim, que golpe, que filho da mãe... Mas até aí morreu Neves, porque eu já estava na dele, ele terminou com a namorada, fiquei mais uns meses com ele até que ele ficou com minha ex-melhor amiga que quis se vingar de mim e achou um babaca para tal feito! Também não lembro quanto tempo levou para esquecer, mas com certeza mais tempo do que eles mereciam!
Já na faculdade com meus 18 anos e tentando parecer menos criança possível, me apaixono no primeiro dia de aula, por um cara que me disse: Fiquei sabendo que seu irmão é ciumento! BUMM!!! Não sei o que aconteceu, eu não tinha mais 12 anos de idade, mas não é que me apaixonei! Ficamos algumas vezes, um mês depois ele voltou para ex-namorada! Nossa sofri horrores, sem ele saber lógico, até porque continuamos bons amigos, eu fingia que não sentia nada! E não é que ele virou um grande amigo? Adoro ele até hoje, mesmo longe e sem contato, ele é um cara muito bacana, safado, mas bacana!
Vou pular a parte de mais uns rolos, casos e namoros, porque por nenhum deles fui apaixonada!
Meu ultimo relacionamento foi uma explosão de sentimentos! O conheci e com 4 meses já estávamos morando juntos, eu estava certa que era a decisão mais sábia que eu tomaria! E por dois anos realmente foi à decisão mais sábia, até acontecer a outra certeza da vida, que não a morte: o chifre! rs
Como em todos os casos sofri horrores, ainda não esqueci completamente, mas como todas as paixões um dia a gente esquece.
Agora com 25 anos espero ter um relacionamento mais maduro, sem paixões platônicas e alucinógenas, e se tiver que eu consiga manter as borboletas voando mais baixo e fazendo peso para que meus pés continuem no chão!
O amor é fundamental, mas Tom se esqueceu de falar o quanto de estrago ele faz!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Matilde!
Já ouviram a expressão: para-raio de maluco? Prazer sou eu!
Atraio todo e qualquer tipo de pessoas loucas e sem noção!
Durante anos venho acumulando diversas histórias com maluquinhos que me perseguem, mas tem uma em especial que marcou um dia de minha vida: Matilde!
Matilde é uma moça, moradora de rua da cidade de Valença, pelo que parece ela sofre de alcoolismo e mais certo tipo de esquizofrenia. Ela vivia (digo vivia porque há muito não a vejo pelas ruas de Valença) pela rua bêbada, pedindo gole dos copos dos outros, sempre suja, muitas vezes semi-nua, em um estado triste de verdade.
Em uma noite de sexta-feira estava com amigos tomando uma cerveja no Bar da Galinha, vulgo BG, quando Matilde aparece!
Suja e maltrapilha pega restos de bebidas das mesas e coloca em seu copo. Estava sempre sorrindo, na boca mais espaço que dente, vivia em outra realidade com certeza, não daria tanta risada se conseguisse se enxergar.
Ela veio se aproximando de nossa mesa e quis pegar a cerveja que um amigo meu havia acabado de comprar, olhei pra cara dela, balancei a cabeça negativamente e disse não. Ela ficou parada atrás de mim e começou a rir, uma risada estranha meio desesperada e sem hesitar jogou todo conteúdo do seu copo nas minhas costas, uma cerveja choca e quente, mais sei lá o que tinha lá dentro. Cabelos e costas molhados, fui ao banheiro me secar, ao levantar olhei pra cara dela, e ela continuava rindo sem saber bem o porquê e nem olhava pra mim, não sei até hoje se ela derramou de propósito ou nem percebeu o que havia feito! Uma coisa ela conseguiu com aquele banho, que eu fosse zuada por dias e dias pelos meus amigos que diziam: Cuidado com a Matilde Vivianne!
Mas a história não parou por aí, logo após esse episódio Matilde sorrateiramente se dirigiu à mesa ao lado e furtou na maior cara de pau o garrafão de vinho que uns homens estavam tomando. Ela saiu andando rápido com o garrafão na mão, um dos homens percebeu o furto e saiu atrás dela, quando a alcançou deu um sonoro tapa nas costas da pobre Matilde. Ela parou no mesmo instante, olhou pra ele com uma cara sofrida de cachorro de caiu da mudança e devolveu o garrafão. A partir dali a briga estava formada, homens de outra mesa acharam covardia o tapa que Matilde levou e a confusão foi ficando cada vez maior, só acabou quando o agressor derramou todo o vinho no chão, assistido por um monte de gente já alcoolizada que aplaudiu sua atitude, coisa de gente bêbada! A única não satisfeita com aquela situação era Matilde, que ficou com a fisionomia deprimida vendo o vinho todo descendo pela calçada.
Não posso afirmar que ela sabe o que faz, às vezes parece que calcula as ações e para disfarçar dissimula com um sorriso perdido ou cara de tristeza!
Mesmo que tenha jogado aquela cerveja suja nas minhas costas de propósito Matilde, eu te perdoo!rsrs
Atraio todo e qualquer tipo de pessoas loucas e sem noção!
Durante anos venho acumulando diversas histórias com maluquinhos que me perseguem, mas tem uma em especial que marcou um dia de minha vida: Matilde!
Matilde é uma moça, moradora de rua da cidade de Valença, pelo que parece ela sofre de alcoolismo e mais certo tipo de esquizofrenia. Ela vivia (digo vivia porque há muito não a vejo pelas ruas de Valença) pela rua bêbada, pedindo gole dos copos dos outros, sempre suja, muitas vezes semi-nua, em um estado triste de verdade.
Em uma noite de sexta-feira estava com amigos tomando uma cerveja no Bar da Galinha, vulgo BG, quando Matilde aparece!
Suja e maltrapilha pega restos de bebidas das mesas e coloca em seu copo. Estava sempre sorrindo, na boca mais espaço que dente, vivia em outra realidade com certeza, não daria tanta risada se conseguisse se enxergar.
Ela veio se aproximando de nossa mesa e quis pegar a cerveja que um amigo meu havia acabado de comprar, olhei pra cara dela, balancei a cabeça negativamente e disse não. Ela ficou parada atrás de mim e começou a rir, uma risada estranha meio desesperada e sem hesitar jogou todo conteúdo do seu copo nas minhas costas, uma cerveja choca e quente, mais sei lá o que tinha lá dentro. Cabelos e costas molhados, fui ao banheiro me secar, ao levantar olhei pra cara dela, e ela continuava rindo sem saber bem o porquê e nem olhava pra mim, não sei até hoje se ela derramou de propósito ou nem percebeu o que havia feito! Uma coisa ela conseguiu com aquele banho, que eu fosse zuada por dias e dias pelos meus amigos que diziam: Cuidado com a Matilde Vivianne!
Mas a história não parou por aí, logo após esse episódio Matilde sorrateiramente se dirigiu à mesa ao lado e furtou na maior cara de pau o garrafão de vinho que uns homens estavam tomando. Ela saiu andando rápido com o garrafão na mão, um dos homens percebeu o furto e saiu atrás dela, quando a alcançou deu um sonoro tapa nas costas da pobre Matilde. Ela parou no mesmo instante, olhou pra ele com uma cara sofrida de cachorro de caiu da mudança e devolveu o garrafão. A partir dali a briga estava formada, homens de outra mesa acharam covardia o tapa que Matilde levou e a confusão foi ficando cada vez maior, só acabou quando o agressor derramou todo o vinho no chão, assistido por um monte de gente já alcoolizada que aplaudiu sua atitude, coisa de gente bêbada! A única não satisfeita com aquela situação era Matilde, que ficou com a fisionomia deprimida vendo o vinho todo descendo pela calçada.
Não posso afirmar que ela sabe o que faz, às vezes parece que calcula as ações e para disfarçar dissimula com um sorriso perdido ou cara de tristeza!
Mesmo que tenha jogado aquela cerveja suja nas minhas costas de propósito Matilde, eu te perdoo!rsrs
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Minha meia dúzia de defeitos!
Defeitos? Todos nós possuímos! Mas quem gosta de ter um defeito apontado? Acredito que ninguém!
Para algumas pessoas é mais fácil lidar com criticas severas do que outras, mas no geral ninguém gosta de ter seus defeitos descascados e expostos, ainda mais por uma terceira pessoa, que a gente sempre julga ter mais defeitos que a gente!
Por isso hoje resolvi escrever sobre os meus próprios defeitos! Lógico que esconderei os mais terríveis e farei as pessoas que lerem este post pensarem: Ah ela não falou daquele!
Começando sou capricorniana, um dos signos mais chatos do zodíaco, perdendo é claro para os Virginianos e Librianos!
Sou Chata! Muito chata e na maioria das vezes uma chata enrustida!
Gosto de mandar e não gosto de obedecer!
Gosto de falar e não de escutar!
Gosto de explicar e não de ouvir explicação!
Reparo na bagunça alheia, reclamo da bagunça alheia e não percebo a minha!
Tenho um péssimo hábito de corrigir as pessoas e também as corto no meio do assunto!
Tenho TPM depressiva-agressiva-neurótica e surtante!
Quando começo a chorar demoro muito a parar, quando começo a rir também demoro a parar!
Minhas ações são demasiadamente intensas!
Sou debochada! Sou muito debochada, queria ser menos! Tenho sempre um comentário a fazer, mas nada tão terrível que as pessoas que estão ao meu lado não pensem igual!
Ai o que mais?
Minha mãe saberia falar mais alguns!
Sim, sempre fui respondona quando pequena, minha avó falava isso pra mim! Mas ao mesmo tempo em que respondia já chorava, porque não consigo sustentar uma briga por muito tempo, acho que já falei disso em outro post!
Falo alto! Isso é um defeito?
Ciumenta e possessiva! Carente e dependente!
Morrendo de vergonha vou admitir: sou gulosa! Tenho compulsão por determinadas coisas que não paro de comer enquanto não acabam, tipo Doritos!
A preguiça me mata! Tenho que me chicotear mentalmente para ir à academia, começo minha preparação psicológica pela manhã, para poder malhar à noite!
A preguiça vem junto com aquele relaxo sabe?! Coisas jogadas, louça pra lavar, chão para limpar e eu? Ah eu vou pra praia, já viu o sol que tá!
Até agora só me lembro destes, se alguém lembrar de mais algum pode falar, mas cuidado para não ofender hein! Lembrem que é muito difícil escutar alguém apontando seus defeitos!!! hahaha
Para algumas pessoas é mais fácil lidar com criticas severas do que outras, mas no geral ninguém gosta de ter seus defeitos descascados e expostos, ainda mais por uma terceira pessoa, que a gente sempre julga ter mais defeitos que a gente!
Por isso hoje resolvi escrever sobre os meus próprios defeitos! Lógico que esconderei os mais terríveis e farei as pessoas que lerem este post pensarem: Ah ela não falou daquele!
Começando sou capricorniana, um dos signos mais chatos do zodíaco, perdendo é claro para os Virginianos e Librianos!
Sou Chata! Muito chata e na maioria das vezes uma chata enrustida!
Gosto de mandar e não gosto de obedecer!
Gosto de falar e não de escutar!
Gosto de explicar e não de ouvir explicação!
Reparo na bagunça alheia, reclamo da bagunça alheia e não percebo a minha!
Tenho um péssimo hábito de corrigir as pessoas e também as corto no meio do assunto!
Tenho TPM depressiva-agressiva-neurótica e surtante!
Quando começo a chorar demoro muito a parar, quando começo a rir também demoro a parar!
Minhas ações são demasiadamente intensas!
Sou debochada! Sou muito debochada, queria ser menos! Tenho sempre um comentário a fazer, mas nada tão terrível que as pessoas que estão ao meu lado não pensem igual!
Ai o que mais?
Minha mãe saberia falar mais alguns!
Sim, sempre fui respondona quando pequena, minha avó falava isso pra mim! Mas ao mesmo tempo em que respondia já chorava, porque não consigo sustentar uma briga por muito tempo, acho que já falei disso em outro post!
Falo alto! Isso é um defeito?
Ciumenta e possessiva! Carente e dependente!
Morrendo de vergonha vou admitir: sou gulosa! Tenho compulsão por determinadas coisas que não paro de comer enquanto não acabam, tipo Doritos!
A preguiça me mata! Tenho que me chicotear mentalmente para ir à academia, começo minha preparação psicológica pela manhã, para poder malhar à noite!
A preguiça vem junto com aquele relaxo sabe?! Coisas jogadas, louça pra lavar, chão para limpar e eu? Ah eu vou pra praia, já viu o sol que tá!
Até agora só me lembro destes, se alguém lembrar de mais algum pode falar, mas cuidado para não ofender hein! Lembrem que é muito difícil escutar alguém apontando seus defeitos!!! hahaha
domingo, 14 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
Largando o Hábito...
Completo hoje 17 dias sem fumar! Não me lembro da última vez que consegui tal feito. Quando operei as amídalas fiquei uma semana longe do cigarro. Como uma coisa que fede e faz tão mal pode ser tão gostosa?
Como costumo dizer não fumava por vício e sim por esporte, fumar é gostoso, distrai, passo o tempo. Além de tudo o palitinho de câncer torna-se uma das suas mais fiéis companhias, ele vai estar ao seu lado sempre, basta você querer. E aí que mora o perigo, a associação do cigarro a todas as coisas que faz: fuma quando está sozinha, fuma quando está triste, está feliz, extasiado, frustrado, quando bebe, quando não bebe. Tudo se torna motivo para fumar. E quem disse que é fácil você retirar definitivamente da sua vida algo que já penetrou em todas as suas ações do cotidiano e até mesmo dentro de você, literalmente. No meu caso eu já não agüentava mais fumar, mas o hábito que adquiri era mais forte.
Não achem que é exagero, mas quando paramos de fumar temos a impressão que alguém foi embora e por diversas vezes a procuramos em algum lugar, seja dentro da bolsa ou na cabeceira da cama.
Gosto de sentir o cheiro de cigarro, mas não gosto mais do cheiro de cigarro nas pessoas, me enjoa.
Bebi 3 vezes depois que parei de fumar, uma palavra a dizer: torturante. A bebida parece um imã para o cigarro, mas até agora superei! Sexta sonhei que fumava, fiquei tão arrependida, me chamei de burra, de fraca! Ufa, era um sonho!
Sei que não é fácil, não existe ex-fumante, somos eternos dependentes superando um dia de cada vez!
Como costumo dizer não fumava por vício e sim por esporte, fumar é gostoso, distrai, passo o tempo. Além de tudo o palitinho de câncer torna-se uma das suas mais fiéis companhias, ele vai estar ao seu lado sempre, basta você querer. E aí que mora o perigo, a associação do cigarro a todas as coisas que faz: fuma quando está sozinha, fuma quando está triste, está feliz, extasiado, frustrado, quando bebe, quando não bebe. Tudo se torna motivo para fumar. E quem disse que é fácil você retirar definitivamente da sua vida algo que já penetrou em todas as suas ações do cotidiano e até mesmo dentro de você, literalmente. No meu caso eu já não agüentava mais fumar, mas o hábito que adquiri era mais forte.
Não achem que é exagero, mas quando paramos de fumar temos a impressão que alguém foi embora e por diversas vezes a procuramos em algum lugar, seja dentro da bolsa ou na cabeceira da cama.
Gosto de sentir o cheiro de cigarro, mas não gosto mais do cheiro de cigarro nas pessoas, me enjoa.
Bebi 3 vezes depois que parei de fumar, uma palavra a dizer: torturante. A bebida parece um imã para o cigarro, mas até agora superei! Sexta sonhei que fumava, fiquei tão arrependida, me chamei de burra, de fraca! Ufa, era um sonho!
Sei que não é fácil, não existe ex-fumante, somos eternos dependentes superando um dia de cada vez!
domingo, 7 de março de 2010
Parabéns Bode Louco Mourisse!!!
Hoje é aniversário do meu fiel escudeiro, do rei das trapalhadas, do cão mais louco dos loucos, do meu Zé Macaclery! Que lindo ver a minha bolinha de pelo completar 3 anos!
No decorrer desses anos foram tantas histórias, tantas confusões, tantas destruições, tanto amor! Ele esteve e está ao meu lado sempre, até mesmo quando eu não queria estar... deu pra entender?!
Hoje saímos para passear, a praia infelizmente já não é o lugar onde ele vai com frequência, a prefeitura proibiu, e a guarda municipal sempre tira a gente de lá! Engraçado é que a praia do diabo (vulgo praia dos cachorros) foi a considerada com a areia mais limpa, e eles insistem em falar que a sujeira das areias e da água é culpa de nossos cães! Esquecem dos mendigos que literalmente moram na pedra do Arpoador e fazem das areias seus banheiros, de todas as pessoas que frequetam as praias todos os dias e são incapazes de recolher seus restos de comida, que são chamariz de pombos, que são verdadeiros ratos com asas, que defecam na areias sem ninguém limpar, e aí vem a Prefeitura dizer que a culpa da sujeira são dos cachorros, ah me poupe!
Mas voltando ao Zé! Que maravilha tê-lo! Mesmo com todos os percaussos, mesmo ele soltando um poodle por dia de pelos, mesmo que estes pelos já quase façam parte da minha dieta de fibras! Valhe a pena!
Chegar em casa de mau humor e ser recebida por ele, louco de felicidade, pulando, correndo, cavando o chão de marmore (tenho quase certeza que existem um pote de ouro debaixo da mesa, ele sempre cava lá), é muito gratificante, por alguns segundos ele some e logo volta com a bola na boca, faz uma cara do tipo: Vamos brincar? Você me deixou o dia todo sozinho, ta me devendo essa!
E quem resiste? Não há ninguém que resista a cara de pidão desse cachorro, ele sabe comover as pessoas. Interesseiro! Quando você está comendo ele não pula em cima pra pegar, ele se aproxima calmamente e olha sua comida com todo desejo. Acompanha todos os seus movimentos de mastigação, se assim mesmo você não ceder, ele deita a cabeça no seu colo e te olha com uma concentração tamanha que chega até a tremer. Quando ele suspende os olhos ninguém aguenta e da a comida pra ele! Talentoso meu cachorro, pode falar!!!
Um dos pontos fraquissimos do Zé: barulho. Morre de medo! Trovão, tiro, fogos, etc. Várias noites quando tem temporal eu sinto alguém me empurrando da cama, é ele que pula na cama e insiste em colocar a cabeça debaixo do meu travesseiro, tremendo ele encosta o quanto ele puder em mim, logicamente ele se sente protegido ao meu lado, sempre achei que fosse ao contrário, que ele devia me proteger! Mas isso também acontece, quer dizer eu espero, porque até hoje só vi o Zé se irritar com mosca e olha que é uma difilculdade pra ele conseguir pega-lá.
Quero dedicar este post a ele! Que faz minha vida colorida! Que compartilha comigo toda a minha alegria, que lambe minhas lágrimas ou encosta sua cabeça na minha perna!
Obrigada Zé, pela dedicação, lealdade e amizade! O mais loucos dos loucos, sem dúvida é o melhor dos cães! Te amo!
sábado, 6 de março de 2010
Os muitos talentos que eu nunca tive!
Quando resolvi criar este blog sabia que em algum momento eu o largaria de lado. Tentaria sempre começar um texto e aí bateria aquela "pregui" e eu pararia!
Foi assim a minha vida toda. Foi assim com as aulas de jazz, violão, vôlei (ta certo que pra vôlei eu não tinha o menor talento), comecei e parei tantas coisas na minha vida que nem sei enumerar, acho que falta persistência em mim. Quando o negócio começa a me desinteressar o mínimo que for: eu paro. Coisa de gente hiperativa...
Mas falar do vôlei me faz lembrar uma história... Comecei o vôlei do colégio porque minha amiga Karen fazia e logo nos primeiros dias o Mazola (professor) a chamou pra fazer parte da equipe. A equipe era como se fosse o céu pra mim, formada só pelas meninas grandes de 16, 17 anos, eu com os meus poucos 11 demoraria muito pra alcançar este céu, na verdade primeiro eu precisava alcançar a rede.
A Karen sim conseguia, sempre foi alta, tinha talento pra coisa... Já Carolina e eu continuamos na parte da iniciação. Eu jogava mal, tinha até vergonha de treinar perto das outras. Um dia Mazola disse que o treino do pessoal da equipe ia ser junto com o da iniciação. Tremi, pensei " Que merda, todo mundo vai rir de mim".
Na primeira parte treinariamos cortada! Aí que pensei "To fudida mesmo, nem alcanço o raio da rede". Comecei a suar frio, cada vez que a fila da cortada diminuia eu tremia mais. Quando chegou a minha vez dei o pulo mais alto que consegui e simulei um tombo, meu nervoso era tanto que comecei a chorar de verdade, Mazola pediu a uma das meninas que trouxesse gelo, e eu não parava de chorar e gritar: meu pé, meu pé... Quando me acalmei Mazola queria me levar pro hospital e eu disse que não precisava, o treino parou por ali, andei mancando até em casa pra ninguém descobrir minha farsa e nunca mais apareci no vôlei.
Continuando minha nada bem sucedida passagem pelo mundo dos esportes, eu também fiz judô! hahahahaha, já do risada só de lembrar! Meu tio tem uma academia e da aulas de judô, por isso comecei! Foi lá que ganhei minha primeira e única medalha! Ganhei um campeonato interno da academia, as concorrentes: Bia (minha prima) e eu. Ganhei primeiro e ela em segundo. Ta bom, mas eu ganhei, isso que importa! Pelo menos algum "Honra ao mérito" eu conquistei! Parei o judô depois deste campeonato!
No ramo dança e artes minha passagem foi ainda mais rápida, lembro-me que no jazz eu só fazia borboletinha, tinha uma dificuldade enorme para virar cambalhota e a apresentação do nosso grupo foi um fracasso! Da pra ver pelas fotos que ninguém sabia a coreografia! Saí do jazz depois disso.
As aulas de pintura em pano duraram mais, fiz pra agradar minha madrinha, que pinta super bem e queria me ver pintado como ela! Mas ela esqueceu de perguntar se eu tinha coordenação motora necessária para pintura, assim como a vovó demorou pra reparar que costura não era o meu forte, quando ela viu minha difilculdade para pregar um botão mandou eu ir brincar com meus cachorros!
Não gosto de nada que me faça ficar com a boca fechada e com os braços parados por muito tempo, acho que por isso desisti de todos os meus possíveis talentos! Refletindo sobre tudo isso, descobri porque gosto tanto de cozinhar! Eu falo enquanto cozinho e os braços trabalham o tempo todo! Quando não tem ninguém perto de mim para eu conversar, vou falando o passo a passo da receita como se estivesse na Ana Maria Braga, isso me distrai, é ótimo!
Ainda bem que no fim de tudo eu descobri o meu real e principal talento: a Comunicação!
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