segunda-feira, 31 de maio de 2010

Matilde!

Já ouviram a expressão: para-raio de maluco? Prazer sou eu!
Atraio todo e qualquer tipo de pessoas loucas e sem noção!
Durante anos venho acumulando diversas histórias com maluquinhos que me perseguem, mas tem uma em especial que marcou um dia de minha vida: Matilde!
Matilde é uma moça, moradora de rua da cidade de Valença, pelo que parece ela sofre de alcoolismo e mais certo tipo de esquizofrenia. Ela vivia (digo vivia porque há muito não a vejo pelas ruas de Valença) pela rua bêbada, pedindo gole dos copos dos outros, sempre suja, muitas vezes semi-nua, em um estado triste de verdade.
Em uma noite de sexta-feira estava com amigos tomando uma cerveja no Bar da Galinha, vulgo BG, quando Matilde aparece!
Suja e maltrapilha pega restos de bebidas das mesas e coloca em seu copo. Estava sempre sorrindo, na boca mais espaço que dente, vivia em outra realidade com certeza, não daria tanta risada se conseguisse se enxergar.
Ela veio se aproximando de nossa mesa e quis pegar a cerveja que um amigo meu havia acabado de comprar, olhei pra cara dela, balancei a cabeça negativamente e disse não. Ela ficou parada atrás de mim e começou a rir, uma risada estranha meio desesperada e sem hesitar jogou todo conteúdo do seu copo nas minhas costas, uma cerveja choca e quente, mais sei lá o que tinha lá dentro. Cabelos e costas molhados, fui ao banheiro me secar, ao levantar olhei pra cara dela, e ela continuava rindo sem saber bem o porquê e nem olhava pra mim, não sei até hoje se ela derramou de propósito ou nem percebeu o que havia feito! Uma coisa ela conseguiu com aquele banho, que eu fosse zuada por dias e dias pelos meus amigos que diziam: Cuidado com a Matilde Vivianne!
Mas a história não parou por aí, logo após esse episódio Matilde sorrateiramente se dirigiu à mesa ao lado e furtou na maior cara de pau o garrafão de vinho que uns homens estavam tomando. Ela saiu andando rápido com o garrafão na mão, um dos homens percebeu o furto e saiu atrás dela, quando a alcançou deu um sonoro tapa nas costas da pobre Matilde. Ela parou no mesmo instante, olhou pra ele com uma cara sofrida de cachorro de caiu da mudança e devolveu o garrafão. A partir dali a briga estava formada, homens de outra mesa acharam covardia o tapa que Matilde levou e a confusão foi ficando cada vez maior, só acabou quando o agressor derramou todo o vinho no chão, assistido por um monte de gente já alcoolizada que aplaudiu sua atitude, coisa de gente bêbada! A única não satisfeita com aquela situação era Matilde, que ficou com a fisionomia deprimida vendo o vinho todo descendo pela calçada.
Não posso afirmar que ela sabe o que faz, às vezes parece que calcula as ações e para disfarçar dissimula com um sorriso perdido ou cara de tristeza!
Mesmo que tenha jogado aquela cerveja suja nas minhas costas de propósito Matilde, eu te perdoo!rsrs

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    A lendária história da Matilde!!!!
    Sou testemunha, estava nesse dia!!!
    Por onde tu andas Matilde?

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