quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Babalorixá da minha mãe!!!

Será que as mães têm pacto com Pai Ogum Babalorixá ou talvez com a Mãe Dina?!
Parece que tudo dá errado quando fazemos ao contrário do que elas mandam. Ou então experimente mentir para elas! E vá vê o resultado catastrófico!
Eu nunca consegui mentir pra minha mãe, embora tenha tentando com afinco, ela sempre me pegava!
Um dos exemplos foi quando comecei a fumar, na verdade brincar de fumar. Tinha 13 anos e estava em casa com mais duas amigas que já fumavam, e como minha mãe trabalhava à tarde, elas foram lá pra casa para fumar, já que fumavam escondidas. Uma delas estava com o cigarro no fim e eu disse: Deixa eu jogar fora!!! Com todo o “sem jeito” coloquei aquela bituca de cigarro na boca, traguei e disse: “E aí Meni...”
Não deu tempo de perguntar para as meninas se havia feito certo, porque interrompi a palavra “meninas” para dizer MAMÃE!!! Sim, ela havia chegado, misteriosamente, sorrateiramente! Ela chegava em casa SEMPRE as 17:30h, mas aquele dia, o dia do meu primeiro inocente traguinho ela chega as 15:00h! Falei Mamãe com a fumaça saindo da minha boca, me gelei toda, aquele tipo de momento que você desejaria estar em qualquer outro lugar menos ali, com sua mãe fazendo a maior cara de decepção, por ter te criado tão bem, te dado tudo, pra depois te ver fumando com 13 anos de idade! Neste dia chorei, jurei, me descabelei, mas não aprendi, continuei fumando, e minha mãe pegou mais uma dezena de vezes. Lembro de uma final de algum campeonato, haviam colocado um telão na Rua dos Mineiros, em Valença. Acendi um cigarro e uma colega me disse: Ué Vivianne, sua mãe já sabe que você fuma? Eu disse: Lógico que não, mas não tem perigo dela passar por aqui, ela está no trabalho e este não é o caminho dela! Sim, não seria o caminho dela se ela não tivesse o tal pacto com o Babalorixá, porque ao dizer isso, senti uma pequena mãozinha bater em minhas costas, e uma voz dura que eu odiava escutar naquele tom zangado: Para casa agora! Era ela! Minha mãe atrás de mim e eu com a maior cara de cagona do mundo, joguei o cigarro fora e fui jurando que estava só segurando para uma amiga! Acho que não colou! Ela achava meus isqueiros, meus cigarros, me achava nos lugares, até interpretar meus códigos do diário a danada conseguia, cara como ela fazia isso?
Quando eu matava aula ela descobria, quando o João Felipe assinava minha caderneta se fazendo passar pelo meu pai para eu poder sair mais cedo da escola, ela também descobria! Que coisa!
Acho que do alto dos meus 25 anos se tentar mentir pra ela não vou conseguir, posso ter êxito por um tempo mínimo, mas ela sempre descobre a verdade!
Nenhuma vez que a desobedeci aconteceram coisas boas, por exemplo, na minha fatídica queda na piscina, ela havia pedido segundos antes para eu ir tomar banho, mas eu desobedeci e em seguida não preciso contar o que me aconteceu! Ou quando eu tive... Ai que constrangedor contar isso, mas quando eu tive 5 bernes na cabeça foi, com certeza, porque eu não a escutava quando ela mandava eu sair do meio dos bichos, e pior que depois foi ela quem mais sofreu, porque a cada berne arrancado da minha cabeça um desmaio a acometia. A pediatra tinha que parar todo o procedimento para poder acordá-la.
Foram tantas outras conseqüências ruins quando tentei desobedecer a uma ordem dela, e tem aquele famoso exemplo: Filha leva o casaco que vai esfriar! Que isso mãe 30 graus lá fora! Horas depois e você virando picolé na rua! Como acontece isso? Por que pragas de mãe pegam tanto? Sem resposta até o momento, o melhor mesmo é não contrariar!

4 comentários:

  1. Vivi, mãe adivinha mesmo! Nossinhora, elas têm um pacto com alguma entidade sobrenatural, não é possível... o jeito é começar a fazer teatro (rsrs) ou parar de mentir, né... :P

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  2. Parei!!! 6 meses de muita luta!!! Parabéns pra mim! Obrigada!

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