quinta-feira, 22 de julho de 2010

Unha, Carne e um pouco de sangue!!!


Ontem à noite falei pelo MSN com meu irmão de 26 anos mais lindo do mundo, João Felipe. Ele é o mais lindo de 26, Rafa o mais lindo de 30, Gui o mais lindo de 7 e Gustavo o mais lindo de 1 ano, pronto, assim eu não me comprometo! Aliás, Papai pare de fazer filho! rs

Mas voltando a falar do João Felipe, não creio que até hoje não escrevi nada sobre ele ou sobre nossas mil e uma aventuras!

João Felipe nasceu gêmeo da Ana Paula, que infelizmente faleceu com 9 dias. Um ano e dois meses após eu nasci (mamãe e papai não deviam gostar de TV). Enfim, não nascemos na mesma “barrigada”, mas somos ligados por algo muito maior!

Vovó dizia: “Lipe e Vivi são unha e carne!”
E éramos mesmo, uma vez arranquei a unha e a carne dele.
Devíamos ter uns 9 anos, estávamos assistindo ao filme “Deby e Loydi”, diga-se de passagem, um dos meus favoritos até hoje. Quando acabou o filme corremos para o quartinho de empregada, onde minha mãe estava. Eu queria contar o filme pra ela e João Felipe também. Então começamos a brigar e eu o empurrei para fora do quarto batendo a porta.
A porta era de quadrados de vidro e ele segurou justo no quadrado que estava frouxo. O vidro espatifou em seu braço, cortando-o os braços, os dedos, um pedaço da unha... Acho que senti mais dor que ele. Fiquei me sentindo tão responsável.
Ele foi para o hospital com meus pais, tomou ponto e eu em casa me penalizando, mas acho que depois de um tempo ele me perdoou. Até porque, anos depois ele se vingou.

Morávamos ao lado de uma Igreja, estávamos chegando em casa e havia um fogo no portão da Igreja. Alguém tinha acendido velas ali. As velas derreteram e o fogo continuou em cima da poça de cera.
“É a nossa chance de virarmos os heróis da rua, apagando o fogo e salvando a Santa Luzia”, disse João Felipe imaginando nossas brincadeiras de super-heróis.

Eu como aceitava e concordava com tudo que ele dizia, sugeri que jogássemos água para apagar o fogo. Ele me chamou de burra e disse que tínhamos que jogar um pedregulho para o fogo acabar.

Uma escuridão se formou diante de meus olhos, só consegui ver pequenas fagulhas de luz. O pedregulho do João Felipe acabou provocando certo tipo de explosão, fazendo com que toda aquela cera, quente e derretida, viesse parar em cima de mim.

 Tive queimaduras em quase toda a perna e algumas nos braços. João Felipe ficou arrasado, mas acho que ao mesmo tempo ficamos empatados. Fiquei com algumas bolhas nojentas nas pernas e ele ficava brincando com elas!!! Hahaha, porco!

Ta certo que apanhei muito dele. Já levei a culpa por ele e também era a válvula de escape de todas as suas frustrações.
Quando por exemplo: o dia que ele estava pronto para sair e Rafael o jogou dentro da piscina. Eu estava quietinha, sentada na varanda olhando aquela cena estúpida. Ele saiu raivoso de dentro da piscina e disse: “Ta olhando o quê?”
 Me pegou pelos braços e me tacou na piscina. Lembrar disso hoje me da uma enorme vontade de rir, mas no dia eu chorei muito.

Mesmo com todos os tapas, socos, empurrões e pisadas na cara, éramos grudados, amigos mesmo!
O destino nos separou, nos juntou novamente e tornou a nos separar, mas aqui dentro de mim, no meu canto esquerdo o João Felipe, meu Fefe, ta sempre presente! Te amo!

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