segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Anéis dos Batedores Secretos!!!

Hoje me lembrei de minhas brincadeiras de infância com o João Felipe e tive a certeza que dentro de alguma das minhas caixinhas de lembranças se escondia um dos episódios da Série (que nos dois inventamos) “Os anéis dos Batedores Secretos”. Não me perguntem o porquê desse nome, tudo pura criatividade infantil!


Brincávamos na piscina de casa e resolvemos passar para o papel uma de nossas aventuras. Reproduzirei abaixo, na integra, com erros de português e viagens alucinantes de criança, a primeira grande besteira que escrevi na vida!

Valença, 06 de abril de 1993.

Anéis dos batedores secretos.

Esquema Coringa.

João Felipe e Vivianne foram a mais um grande combate. Se despediram dos pais e foram a casa da Tia China. Ela falou para eles, que o Dragão 2 queria o seus anéis dos batedores secretos. E eles foram.

E lá lembraram que tinhão dados o desquete que tinham todas as pessoas do esquema Coringa para uma baleia chamada Xisca.

Então Vivianne falou:

- Então vamos lá!

E João Felipe respondeu:

- Está bem!

Então eles foram procurar a baleia Xisca e ela falou:

- O Dragão 2 robou o desquete e levou para sua base.

Eles foram até la e pegaram o disquete errado quando estava saindo vários dragõeszinhos os atacaram eles, João Felipe e Vivianne juntaram os anéis e mataram os dragõezinhos.

Eles foram a sua base e ezaminaram o disquete mas ele pegaram um outro disquete.

João Felipe foi lá de novo e pegaram o disquete esaminaram e viram que era o que eles queriam.

Saindo de sua base o Dragão 2 jogou um grande fogo e João Felipe e Vivianne estavam perdendo a força.

João Felipe estava com o disquete na mão e a baleia Xisca deu uma rabada no disquete e ele quebrou matou todos os animais, eles continuavam perdendo a força.

Numa coisa muito milagrosa o disquete se juntou e a forsa deles voltaram. Com um pequeno desmaio quando acordaram viram que estava preso na base do Dragão 2.

João Felipe estava com o disquete na mão ele quebrou o disquete no meio o chão abril eles viram todos os caras que estava no esquema leão, deu uma ventania muito forte e todos os caras do esquema Coringa voltaram para embaixo da terra.

João Felipe estava quaze caindo também só estava segurando em Vivianne e ela falou:

- Não vá! Não vá!

Quando João Felipe caiu o chão fechou e ai ficou tudo bem!

Todos do esquema Coringa morreram!!!



Fim



Agradeço a minha mãe por ter me mantido na escola e a todas as minhas professoras de português pela minha evolução na escrita!

João e eu tínhamos a certeza que nossas aventuras fariam um grande sucesso, mas de certa forma fizeram. Toda vez que brincávamos dentro daquela piscina era um grande sucesso. Um era o super herói do outro!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Carta ao Papai Noel!

Querido Papai Noel!

Queria te fazer alguns humildes pedidos de Natal, mas para isso lhe darei argumentos que irão defender meu merecimento!

Esse ano fui uma boa menina!

Me dediquei ao trabalho, cheguei mais cedo, saí mais tarde! Teve dias que trabalhei até 21h, outros até 22h. Houve dias de eu ver o sol nascer no Leblon pelo vidro do estúdio.

Passei a ser mais organizada. Ta certo que não virei exemplo de nada ainda, mas limpei mais vezes minha casa, meu quarto passou a ser um lugar habitável.

Não perdi nada esse ano, a não ser o cabo do meu MP4, mas isso até a Isabel perdeu.
Não perdi nenhuma blusa oficial do Vasco, como fiz com a blusa do Tio Carlão há uns anos atrás.
Não perdi nenhuma bolsa, com todos meus documentos, cheque e cartão, em uma danceteria Brega & Night de Valença.
Perdi uma chave, mas foi por uma boa causa. Fui passear com o Zé com a chave na mão. Andávamos pela Feirinha de Ipanema quando Zé resolveu espiar dentro de um carrinho de bebê. Não percebi o acontecimento por estar entretida com as bolsas de uma barraca, quando me toquei do que acontecia já era tarde. A japinha de mais ou menos 1 ano de idade, tomou uma super lambida, que foi do queixo ao cabelo. Cabelo este que ficou grudado na cabeça, devido a enorme quantidade de baba do meu cachorro louco!
No momento que fui puxar a cabeça do Zé e me preparar para apanhar da mãe da criança, eu perdi minha chave! Menos mal, não apanhei, a mãe gostava de cães e a japinha também! Acho que eu preferia ter apanhado, a ter que ter desembolsado 70 reais para o chaveiro. Sendo que ele levou dois segundos para abrir a porta do meu apartamento. Pensei até em seguir a profissão de chaveira.

Esse ano também não quebrei nada!!! Nenhuma tampa vidro de mesa com 5 cm de espessura e mais de 1 metro de comprimento, nenhuma geladeira, nenhuma televisão!
Quase quebrei o ventilador de teto do meu quarto no primeiro dia na minha casa nova, mas foi quase. Não percebi que não poderia abrir uma das portas de cima do guarda-roupa com ventilador ligado. Quando abri escutei um enorme barulho, rapidamente eu fechei! O ventilador bambeou, mas não caiu, ufa!

Esse ano tentei falar menos, mas não sei se consegui. Pelo menos acho que pensei mais antes de falar, o que tem me gerado benefícios. Estou tentando controlar minha sinceridade, mesmo que me contorça por dentro.

Fui menos critica também, Anna Claudia poderia falar sobre isso com mais propriedade. Mas acho que tenho evoluído muito! Ta certo que há dias que não me controlo, mas no geral tenho me segurado.

Respeitei minha mãe. Há alguns ruídos nessa afirmação, mas nada de tão relevante, ela já me perdoou!

Fui legal com meus amigos, exceto com um que comecei uma amizade as nove da noite e ela se acabou às 4 da manhã. Meus amigos também foram legais comigo. Principalmente aqueles que me escutaram falar sobre o mesmo assunto milhões de vezes.

O ano de 2009 foi o trem fantasma pra mim. E sinceramente? Não tinha muitas perspectivas para 2010. Ledo engano, 2010 foi meu ano 1, de um recomeço mais que especial, com toda certeza o que de mais importante fiz esse ano foi amadurecer.

Este amadurecimento foi mais importante do que ajudar Joice, uma menina de 10 anos que se perdeu na praia, a encontrar sua tia.

Agora Papai Noel, depois de tantas coisas boas, quero pedir algumas outras:

Um aumento substancial de salário seria uma boa pedida, pra começo de conversa.
Depois, a volta do Zé pro Rio, que seria mais legal ainda se fosse acompanhado da Flora.
A vinda de Anna Claudia, Fernando e Cris não seria nada mal, talvez eu passe a beber um pouco mais com eles aqui, mas vou beber de qualquer forma, então melhor se eles estiverem por perto.
Fora isso, saúde e paz pra todas as pessoas que amo e pras que eu não amo também!

Mas se eu ainda tiver na idade de pedir um presente, desses que vem embrulhado na caixa:

Quero um patins!

Obrigada.

Feliz Natal!


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os Sóis da Minha Vida!

Dois momentos sublimes da natureza (pra mim): o nascer e o pôr-do-sol.
É fantástico observar os primeiros e os últimos raios solares de um dia. Me da energia, revigora. Todo nascer ou pôr-do-sol que paro para observar fica marcado pra sempre.
Lembro do Réveillon em Copacabana. Estávamos Isabel, Bruna, Anna Claudia e eu. Conhecemos uns garotos de BH que estavam com violão, sentamos na praia e ali ficamos até amanhecer, espantando até os pombos com nossos agudos desafinados.
Havia chovido. Uma manhã um pouco nublada, os raios do sol esforçavam-se para aparecer entre as nuvens, e por uma “ultra” coincidência, começamos a cantar Tempo Perdido (Legião Urbana), a estrofe que diz: Veja o sol. Dessa manhã tão cinza. A tempestade que chega..., foi de arrepiar! Todos compenetrados quando de repente, escutamos Anna Claudia gritar com uma euforia descomunal: “Eaí Brother!!!!”. Todos começaram a procurar quem era seu tão intimo brother que havia chegado e atrapalhado nosso sublime momento de reverência a Renato Russo e ao Sol.
Avistei um “maluquinho” com cabelos compridos que olhava para Anna Claudia com cara de interrogação (?). Mas sua euforia não cessava, e assim ela continuou: “Que você ta fazendo perdido aí brother???”
O maluquinho-brother manteve sua cara de interrogação e se aproximou para ver quem era a pessoa que estava tão feliz em te encontrar. E Anna Claudia disparou: “Pow de Valença, né?” Ela estava levantando para falar com seu mais novo melhor amigo, quando veio a decepcionante resposta: “Quem é você? Valença? Que você ta falando?”
E lá se foi o maluquinho não mais brother, sem dar a mínima atenção para minha amiga eufórica. Tenho certeza que se ela soubesse que uma simples confusão iriam te render tantos anos de deboche, sim estimulados pela minha pessoa, ela não teria atrapalhado nossa cantoria.

Um momento de pôr-do-sol que marcou, foi num lugar chamado Horto Florestal, mas especificamente em Reserva do Iguaçu. Um lugar lindo, o sol se põe beijando o rio Iguaçu.
Fiz um piquenique lá uma vez com Rafa e João. Da segunda vez assisti ao pôr-do-sol com meu saudoso amigo Khristian Ratier, que ainda deu um lindo fundo musical para aquela paisagem deslumbrante! É um lugar lindo, mas muito calmo. Mas é calmo até demais. Você anda pelas ruas e escuta só o barulho do vento. Vez ou outra passa um carro, ou então um andarilho que grita: TarrrdE!
Eu tenho problemas com lugares muito calmos, me dá nervoso, meio que um pânico! Acho que é sintoma da minha hiperatividade. Não consigo ficar muito tempo em bibliotecas, salas de espera ou então lojas de armarinho! Nossa! Essa última é realmente terrível! Lá paira uma tranqüilidade muito irritante, as pessoas cochicham sobre lã e aviamentos, ai para!

Voltemos ao Sol!
Vez ou outra ia com Zé até o arpoador para assistirmos ao pôr-do-sol. Não podia subir nas pedras, ele achava que iria mergulhar e não parava de me puxar. Então pegava um coco do chão, sentava em um banquinho e ele fica deitado, numa boa, desfiando todo o coco. Mas com o Zé, um pôr-do-sol no Arpoador nunca pode ser tranqüilo. Não por ele, porque depois que ele ganhava o coco tudo parecia mais calmo. O problema que Zé, modéstia a parte, é lindo demais. Então sempre aparecia alguém para perguntar sue nome, idade, raça e todas essas perguntas que a gente faz sobre um cão.

Eram duas mulheres com duas crianças, se aproximaram e taparam toda a vista para o pôr-do-sol:
Mulher: Qual o nome dele?
Eu: Zé
Mulher: hahaha, Zé! Que engraçado (reação de 10 entre 10 pessoas)Ele parece o cachorro da novela!
Eu: É mesmo, é a mesma raça.
Mulher: Ahhh! Já te falaram que você parece com a Mirela?
Eu: Que Mirela? (Será que é alguma Mirela da novela também?)
Mulher: A Mirela ué, namorada do Latino.
Eu: Fiquei só pensando se aquilo seria um elogio ou xingamento, e sorri.

Sempre que paro para assistir seja o nascer ou pôr-do-sol, tenho pessoas especiais ao meu lado. Deve ser por isso que gosto tanto e que os momentos se eternizam em mim!




segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Os sobrinhos do Tio Patinhas!


Acabei de me lembrar de uma passagem de meu carnaval deste ano. Achei que seria interessante registrá-la aqui na minha coleção de besteiras.
Estava em Ipanema com um grupo de amigos, que acreditem, não há no mundo companhia melhor que a deles, principalmente quando se trata de festa.

Depois de muitas e muitas térmicas vazias, minha bexiga implorava por uma válvula de escape. Anna Claudia e eu fomos ao banheiro. Na volta, não me pergunte o porquê, fomos andar na areia da praia. No meio deste passeio, conheci 3 meninos, deviam ter uns 10, 11 anos no máximo. Moradores do bairro de Olaria estavam sozinhos em Ipanema. Pegaram um ônibus entrando sem pagar pela porta de trás e foram brincar na praia, em um de dia de calor do carnaval.

Vou chamá-los aqui de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Não! Na Verdade não se trata de sigilo de identidade, eu não me lembro mesmo o nome deles, meu teor alcoólico era extremamente alto para lembrar uma informação tão complexa.
Eles se aproximaram de mim para pedir alguma coisa, não sei se era um lanche, acho que era uma pipoca. Por exaustão ou por embriaguez, acho que as duas coisas, Anna Claudia e eu sentamos na areia e eles nos acompanharam. Comecei então a fazer mil perguntas sobre a vida daqueles meninos: Quantos anos vocês tem? Quem estuda? Cadê seu pai? E sua mãe? Por que estão aqui sozinhos?
As repostas eram praticamente as mesmas: 10, 11 anos; só um deles freqüentava o colégio; o pai morreu ou era alcoólatra; mãe idem ao pai; dois deles moravam com a avó; estavam sozinhos porque não devem satisfação a ninguém.

Depois de todas as perguntas e respostas, comecei um longo, e pra eles, chato discurso sobre a diferença que a escola faria na vida deles. Pedi que prometessem que voltariam a estudar, que não roubariam, que não sairiam de casa sem avisar seus responsáveis. Os alertei sobre os perigos de 3 meninos pequenos sozinhos em uma cidade grande... Huguinho e Zezinho prestavam a maior atenção em tudo que era dito, ainda mais depois que Tia Anna Claudia gastou seus últimos 2 reais pagando uma pipoca para os dois. Mas Luizinho corria a nossa volta, espantava pombos e me olhava com uma cara de desprezo, como se nada que eu falasse tivesse sentido. Então o chamei e pedi que sentasse que eu queria contar uma história. Contei a ele a história de algum garoto pobre que através dos estudos conseguiu muitas coisas na vida. Assim que falei isso Huguinho grita: Até um vídeo game tia? E eu respondi: Muito mais que um vídeo game! Zezinho abaixou a cabeça e triste falou: Eu não tenho vídeo game!

Os olhos de Anna Claudia lacrimejaram e escorreram lagrimas, ela me olhou fixamente e falou fungando: Eu também nunca tive um vídeo game!

Era pra ser um momento comovente, mas minha amiga tem o dom de arrancar gargalhadas de mim até quando deveria chorar.

Ela prometeu dar aos meninos um Nintendo que ela tinha em casa. Fiquei meio intrigada, porque ela tinha acabado de falar que não tinha vídeo game, mas quando ia esclarecer minha dúvida, fui surpreendida pela mão do arrisco Luizinho tocando meu ombro. Ele disse: Tia vem ver o que eu fiz!

Foi tão lindo de ver! Luizinho pegou diversos punhados de areia, levou para ciclovia e lá escreveu VIVIANNE, ele escreveu com um N só, mas tudo bem!

Dei um beijo neles, desejei sorte, pedi que pensassem em tudo que havíamos conversado e falei: Agora é melhor irem pra casa, já está tarde!

Eles ficaram gritando tchau pra gente, até sumirmos no meio das pessoas.

De repente, me veio na cabeça a dúvida do vídeo game, e logo perguntei pra Anna Claudia: Amiga não entendi nada. Primeiro você disse que nunca teve vídeo game, e em seguida promete dar um Nintendo que você tem em casa?

Anna Claudia me olhou e começou a rir: Nossa amiga como pude fazer isso!Iludi os meninos e prometi dar o vídeo game que a Bruna me emprestou! Hahaha

Infelizmente não é só um vídeo game que falta pra eles! É muito mais que isso, eles só precisam de atenção e carinho, que falta dentro de casa! Peço a Deus que cuide deles, e ao Estado que cumpra o direito que toda criança tem: A Educação!