Acho que não existe ninguém neste mundo que goste de ficar doente. Existem os hipocondríacos, mas duvido que exista uma pessoa que sinta prazer em sentir dores de cabeça, náusea, febre, calafrios, dor de garganta com aquela inflamação que não desce nem água, dor de ouvido aguda e mais todos os tipos de doenças que você quiser imaginar.
Eu particularmente odeio ficar doente, mas quando fico pareço uma criança de 2 anos, faço birra para tomar remédios amargos, evito até o último minuto de ir ao médico, choro e digo que to sozinha, que não tenho ninguém pra cuidar de mim e por fim grito que quero a minha mãe!
Além de gripes, infecções de garganta (que me resultou uma cirurgia no ano passado), eu não tive coisas muito sérias. Quer dizer, acho que as duas coisas mais sérias que me aconteceram foram: meu acidente na piscina e minha leishmaniose.
Meu acidente na piscina foi um tanto quanto inusitado, eu tinha 7 anos, era uma semana santa, acho que uma quinta-feira, eu e meus irmãos brincávamos na piscina quando alguma prima minha chegou lá em casa pra buscar não sei o que. Saí correndo para ver quem havia chegado e quando cheguei ao portão ela já tinha ido embora. Voltei correndo pra piscina e minha mãe gritou: Vivianne, pro banho chega de piscina, já está tarde!
Como sempre fui muito “obediente” entrei direto na piscina. Eu não sabia nadar direito, ficava mais agarrada na escada batendo a perna. Quando desci as escadas não sei o que aconteceu, trancei as pernas, na verdade acho que escorreguei e bati com força o meio da perna no primeiro degrau. Preciso contar o que foi que aconteceu? Ta bem preciso! Como diria meu amigo Fernando: Criei uma cloaca, sim senhores, meu períneo se rompeu. Nossa depois de 14 anos ainda é constrangedor contar isso...
Caí dentro da piscina e afoguei, Rafael me tirou correndo, minha mãe e João Felipe quase desmaiaram ao verem a quantidade de sangue. Meu pai chegou logo e me levaram ao hospital, minha mãe desmaiou quando o médico disse que ia me transferir pra Volta Redonda, mas acabei ficando em Valença mesmo. Na hora da cirurgia acabou a luz, meu pai teve que me levar no colo até o centro cirúrgico, apaguei com a anestesia ensinando a língua dos sinais para os enfermeiros e médicos. Depois disso acordei no quarto com minha mãe me olhando, na minha cabeceira tinham presentes que as enfermeiras do Platão haviam deixado pra mim, junto também uma cartinha do João Felipe, dizendo pra eu voltar logo pra casa que ele não agüentava mais de saudades e que ele estava na casa da vovó comendo paçoca e tomando coca-cola. Não fiquei 24 horas no hospital e recebi alta, 14 dias sem poder andar (menos mal pelo menos podia falar). Não me lembro bem, mas devo ter ficado muito carente, devia chorar toda hora e pedir minha mãe... tadinha e não é que ela sempre estava ao meu lado.
Passado todo o susto, tive plena recuperação, tudo no lugar! Uns 4 anos depois apareceu em minha perna uma espinha que foi crescendo e abrindo uma ulcera, descobri então que o mosquito Flebotomos que transmite a leishmaniose havia me picado. Imagina, eu não poderia ter uma pneumonia ou uma diarréia, eu tinha que ter uma leishmaniose. Como o caso deu ter rasgado o períneo, por que não quebrei um braço, como toda criança normal?
Comecei o tratamento, 40 aplicações do remédio diluído em soro, tomei duas séries de 20, um dia sim e outro não, passava por dia umas 2 horas no hospital. Até que minha perebinha fechou completamente, até hoje tenho a marca na minha perna.
Depois que fui morar fora ficar doente ficou ainda mais doloroso, às vezes não tinha ninguém para pegar um copo de água pra mim, então eu só chorava. Quando ia pra faculdade doente então Fernando falava: Ih hoje ela ta carente!
Um dia meu pai chegou à minha casa para me visitar, eu tava com uns 38° de febre e com a garganta toda inflamada, quando olhei pra ele comecei a chorar, ele ficou tão nervoso achando que tinha acontecido algo sério, que chegou a me perguntar se eu estava grávida! Aff coisas do meu pai! Poxa eu só estava carente, precisando ser a paparicada e precisando de carinho. Na maioria das vezes eu ligava pra minha mãe, eu sabia que ela não poderia fazer nada, mas mesmo assim eu ligava. Na faculdade uma vez até uma professora se ofereceu pra cuidar de mim de tanta pena que ela ficou de me ver chorando por estar doente. Mas isso acontecia devido as minhas dores constantes de garganta que cada vez vinham pior, ano passado antes de operar tiver um abscesso, até que chutei o balde e arranquei aquelas amídalas infernais que me fizeram sofrer tanto, depois da operação fiquei fanha por quase dois meses. De lá pra Ca é difícil até deu ter resfriados, minha imunidade aumentou muito. Essa semana estou sinusite viral, segunda-feira fui ao médico, hoje precisei voltar, quase não dormi a noite, tive muita dor de ouvido. Ainda não chorei, nem liguei pra mim mãe! Acho que estou crescendo!
Eu particularmente odeio ficar doente, mas quando fico pareço uma criança de 2 anos, faço birra para tomar remédios amargos, evito até o último minuto de ir ao médico, choro e digo que to sozinha, que não tenho ninguém pra cuidar de mim e por fim grito que quero a minha mãe!
Além de gripes, infecções de garganta (que me resultou uma cirurgia no ano passado), eu não tive coisas muito sérias. Quer dizer, acho que as duas coisas mais sérias que me aconteceram foram: meu acidente na piscina e minha leishmaniose.
Meu acidente na piscina foi um tanto quanto inusitado, eu tinha 7 anos, era uma semana santa, acho que uma quinta-feira, eu e meus irmãos brincávamos na piscina quando alguma prima minha chegou lá em casa pra buscar não sei o que. Saí correndo para ver quem havia chegado e quando cheguei ao portão ela já tinha ido embora. Voltei correndo pra piscina e minha mãe gritou: Vivianne, pro banho chega de piscina, já está tarde!
Como sempre fui muito “obediente” entrei direto na piscina. Eu não sabia nadar direito, ficava mais agarrada na escada batendo a perna. Quando desci as escadas não sei o que aconteceu, trancei as pernas, na verdade acho que escorreguei e bati com força o meio da perna no primeiro degrau. Preciso contar o que foi que aconteceu? Ta bem preciso! Como diria meu amigo Fernando: Criei uma cloaca, sim senhores, meu períneo se rompeu. Nossa depois de 14 anos ainda é constrangedor contar isso...
Caí dentro da piscina e afoguei, Rafael me tirou correndo, minha mãe e João Felipe quase desmaiaram ao verem a quantidade de sangue. Meu pai chegou logo e me levaram ao hospital, minha mãe desmaiou quando o médico disse que ia me transferir pra Volta Redonda, mas acabei ficando em Valença mesmo. Na hora da cirurgia acabou a luz, meu pai teve que me levar no colo até o centro cirúrgico, apaguei com a anestesia ensinando a língua dos sinais para os enfermeiros e médicos. Depois disso acordei no quarto com minha mãe me olhando, na minha cabeceira tinham presentes que as enfermeiras do Platão haviam deixado pra mim, junto também uma cartinha do João Felipe, dizendo pra eu voltar logo pra casa que ele não agüentava mais de saudades e que ele estava na casa da vovó comendo paçoca e tomando coca-cola. Não fiquei 24 horas no hospital e recebi alta, 14 dias sem poder andar (menos mal pelo menos podia falar). Não me lembro bem, mas devo ter ficado muito carente, devia chorar toda hora e pedir minha mãe... tadinha e não é que ela sempre estava ao meu lado.
Passado todo o susto, tive plena recuperação, tudo no lugar! Uns 4 anos depois apareceu em minha perna uma espinha que foi crescendo e abrindo uma ulcera, descobri então que o mosquito Flebotomos que transmite a leishmaniose havia me picado. Imagina, eu não poderia ter uma pneumonia ou uma diarréia, eu tinha que ter uma leishmaniose. Como o caso deu ter rasgado o períneo, por que não quebrei um braço, como toda criança normal?
Comecei o tratamento, 40 aplicações do remédio diluído em soro, tomei duas séries de 20, um dia sim e outro não, passava por dia umas 2 horas no hospital. Até que minha perebinha fechou completamente, até hoje tenho a marca na minha perna.
Depois que fui morar fora ficar doente ficou ainda mais doloroso, às vezes não tinha ninguém para pegar um copo de água pra mim, então eu só chorava. Quando ia pra faculdade doente então Fernando falava: Ih hoje ela ta carente!
Um dia meu pai chegou à minha casa para me visitar, eu tava com uns 38° de febre e com a garganta toda inflamada, quando olhei pra ele comecei a chorar, ele ficou tão nervoso achando que tinha acontecido algo sério, que chegou a me perguntar se eu estava grávida! Aff coisas do meu pai! Poxa eu só estava carente, precisando ser a paparicada e precisando de carinho. Na maioria das vezes eu ligava pra minha mãe, eu sabia que ela não poderia fazer nada, mas mesmo assim eu ligava. Na faculdade uma vez até uma professora se ofereceu pra cuidar de mim de tanta pena que ela ficou de me ver chorando por estar doente. Mas isso acontecia devido as minhas dores constantes de garganta que cada vez vinham pior, ano passado antes de operar tiver um abscesso, até que chutei o balde e arranquei aquelas amídalas infernais que me fizeram sofrer tanto, depois da operação fiquei fanha por quase dois meses. De lá pra Ca é difícil até deu ter resfriados, minha imunidade aumentou muito. Essa semana estou sinusite viral, segunda-feira fui ao médico, hoje precisei voltar, quase não dormi a noite, tive muita dor de ouvido. Ainda não chorei, nem liguei pra mim mãe! Acho que estou crescendo!
Ficar doente sozinha é o bicho de ruim...já senti muito isso nesse tempo que estou de fato sozinha e não tem pra quem ligar.Já chorei tb...por falta do paparico da minha mãe...a comidinha feita..e até as brigas diante da minha manha doente.
ResponderExcluirMas fazer o que? a gente tem de aceitar os fatos incontestadores da vida.
beijos!!!
Primeiramente quero dizer que fui uma "amiga ingrata", como já te disse...afinal vc já criou o blog a algum tempo e só tô lendo agora, mas é preguiça msm ...preciso de um: "ou vc não vai ler meu blog não?" (5vezes dita ou +,bem mais,rs).Acho q deveria ter ouvido uma parte dessa frase em outras fases da minha vida tb...meus códigos e livros d direito sabem bem disso.
ResponderExcluirBem...voltando ao assunto principal..o blog...
Não é "puxasaquismo" não...mas já tô adorando d cara o blog amiga e logicamenteeee comentarei a partir d hj o qto puder,hehe
Adorei msm....vc consegue ser talentosa até escrevendo tragédias um tanto cômicas da sua infância...e pra finalisar esse primeiro comentário...isso q dá ser uma criança curiosa!!!Se tivesse ficado comportadinha lá na piscina...rs...falando sério agora...
Em relação a doença x carência, sempre tenho isso,impressionante...até gosto d ficar meio doente na presença da minha mãe (parece maluquice),mas dai posso usa-lá como desculpa pra obter carinho ao extremo além d poder me sentir folgada, qdo peço as coisas na mão, como um simples prato d sopa, sem me sentir culpada!Se criança é tão bom...aiai
Última obs...mas imaginem uma criança, adolescente,adulta,enfim, carente...e ainda por cima capricorniana, como o seu caso...PQP!!!Mas eu te amo msm assim!!!
bjs